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Como o rei luís xiv se relacionavam com cada um dos estamentos da sociedade francesa?

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Apesar de coroado Rei, Luís XIV não diminuiu os poderes de Mazarin, a quem devia praticamente toda a sua educação e formação cultural. Uma velha guerra contra a Espanha, iniciada em 1635, estava a terminar, ora isto era favorável à França, pois esta passava a ser potência europeia. O rei de França deveria ser um soldado, assim Luís XIV passou por um treino num campo de batalha.

Para ratificar e dar mais valor ao tratado de paz com a Espanha, Luís XIV, apesar de estar apaixonado há alguns anos pela sobrinha de Mazarin, Marie Mancini, casou em 1660 com Marie-Thérèse da Áustria, filha do rei espanhol, contra a sua vontade, tendo anotado no seu diário: “Exercendo uma tarefa totalmente divina aqui na terra, precisamos parecer incapazes de perturbações que possam compromete-la”.

Para o rei, que se via a si mesmo como representante de Deus na Terra, qualquer desobediência ou rebeldia seria considerada pecado, a sua fé absoluta na divindade da sua missão fizeram com que comunicasse aos seus ministros, após a morte de Mazarin em Março de 1661, que a partir daquela em diante governaria sozinho, pois acreditava que ainda conseguia ter mais poder nos domínios franceses que o próprio Papa.

Luís XIV provocou uma série de guerras entre 1667 e 1697 a fim de expandir as fronteiras da França para o Leste, onde se apropriou de terras do Sacro Império Germânico, isto para assegurar o trono espanhol para o seu neto.

Teve ministros para executarem as suas ordens, entre os quais se encontrava o mais inteligente entre todos os outros ministros: Jean-Baptiste Colbert, Marquês de Louvois. Este dedicou-se à sua tarefa de governo todas as horas do dia durante 54 anos, sem que qualquer detalhe escapasse à sua atenção, desde a etiqueta e o cerimonial na Corte, a diplomacia e o movimento das tropas, até ás disputas teológicas sobre os seus poderes em rivalidade com os do Papa, Colbert ajudou o rei, supervisionando as construções dos palácios, portos, estradas e canais, e descobrindo fontes de recursos, principalmente procurando aumentar as exportações de produtos franceses, ajudado até mesmo pela pirataria nos mares e assaltos as colônias portuguesas e espanholas, inclusive o Brasil.

Manobrando com os atrativos e o prestígio da corte, o rei entretinha os nobres que haviam infligido tanto sofrimento à sua família, corrompendo-os com favores, entretendo-os com festas e jogos no palácio, e enviando-os em missões sem propósito e conferindo-lhes títulos e cargos vazios; enfraquecendo a nobreza, o rei também corrompeu e enfraqueceu o próprio país, tornou-se o protetor das artes, o que lhe permitia utiliza-la como instrumento político, o que Rousseau haveria de denunciar mais tarde, foi protector de Moliére e de Jean Racine, aos quais ordenou que lhe cantassem louvores, e favoreceu escultores erguendo grandes monumentos, mandou construir novos palácios em Saint-Germain, em Marly e Versalhes, a um tal preço que foi acusado de haver arruinado a nação.

No clímax do seu reinado, França parecia uma festa ímpar diante de uma Europa admirada e desejosa de imitar o seu fausto e brilho cultural, ao mesmo tempo o rei mantinha estonteante a sua vida de entretenimento e amores na corte, principalmente um tumultuado romance com Louise de La Valliére. Como aliado da Espanha, invadiu os Países Baixos espanhóis em 1667, que ele considerava herança da sua mulher, que era espanhola, uma guerra que não foi fácil e que o levou a admitir ao morrer que gostava demasiado de fazer guerras.

Luís XIV ambicionava ainda ser o rei mais poderoso da Europa. A maior rival da França era a Inglaterra, por isso seriam necessárias campanhas militares para minar a força da poderosa inimiga.

Foram inúmeras guerras em que o erário público ficou comprometido. Para fazer frente à enormidade de gastos com a Corte e com as guerras, Luís XIV aumentava os tributos sobre os huguenotes. Muitos destes já estavam reclamando, quando, em um gesto de força apoiado pelo clero, o rei revogou o Edito de Nantes (1685), iniciando uma dura perseguição aos huguenotes. Muitos protestantes fugiram e levaram consigo não apenas seus recursos, mas inclusive seus conhecimentos. A Inglaterra e a Holanda abriram as suas fronteiras para receber os vários homens de negócio que escapavam da perseguição de Luís XIV.

O resultado foi a fuga de capitais, de recursos, mas o rei tinha à sua disposição empréstimos de banqueiros sempre interessados em atender às exigências do Estado, desde que os juros fossem pagos. O Estado francês conhecia o seu auge e já apresentava sinais de decadência. Com a morte do rei, em 1715, herdou o trono seu bisneto com o título de Luís XV.

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