“O valor do homem era dado única e exclusivamente em função da...

“O valor do homem era dado única e exclusivamente em função da sua atuação biológica [...] os mais fortes deveriam sobreviver, os mais fracos, desaparecer [...]. Evidencia-se a preocupação dos governos de encontrar solução para abrigar e alimentar a elevadíssima percentagem de incapazes, de criminosos, de anormais que dificultam e oneram, pesadamente a parte sã e produtiva da sociedade [...]. As medidas em prática consistem em estabelecer colônias e albergues para mendigos [...] manicômios e hospitais para loucos e degenerados.”

(COSTA, J. F. História da Psiquiatria no Brasil. Rio de Janeiro: Garamond, 2007. p. 63).

Ao tratar da fase eugenista da psiquiatria no Brasil na primeira parte do Século XX, Jurandir Freire Costa, no exemplo apresentado, nos traz uma concepção de saúde mental que conecta o são ao produtivo, a loucura à degeneração.

A respeito desse assunto, analise as afirmativas a seguir e assinale a incorreta:
Assinale uma das alternativas abaixo:


a.
Embora com discurso médico pautado em bases biológicas, a visão eugenista em torno da saúde mental considerava aspectos sociais, dando proteção a quem precisava de auxílio na pobreza e no sofrimento em torno da miséria.


b.
Mente sã em corpo são é uma frase muito usada na prática em saúde, a qual, embora pareça indicar um equilíbrio entre corpo e mente, com o tempo vai designando um corpo ideal para a mente estar

c.
Tal visão esteve presente como única verdade durante muito tempo no país e no mundo, buscando a exclusão das pessoas em sofrimento e adoecimento psíquico, sempre conectando esses dois acontecimentos à fatores biológicos e mentais.


d.
Foi na Itália que a visão eugenista começou a ser combatida, dando partida a um evento conhecido como Reforma Psiquiátrica, o qual tinha entre seus objetivos acabar com as colônias de internação e os manicômios.


e.
O prevencionismo eugênico tinha como foco, na verdade, delimitar o que deveria ou não ter espaço na sociedade a partir de argumentos que, hoje, percebemos como necropolíticos, pois gerenciavam ideologicamente quais eram os corpos descartáveis e quais não eram.​