Coronavírus: como o mundo pode se curar do 'trauma coletivo' d...

Coronavírus: como o mundo pode se curar do'trauma coletivo' da pandemia de covid-19
27 fevereiro 2021
Estamos vivendo o primeiro evento global de trauma coletivo em décadas. É sem dúvida o
primeiro desde a Segunda Guerra Mundial, e provavelmente o primeiro dessa gravidade da
sua vida.
No momento em que esta reportagem é publicada, mais de 2,5 milhões de vidas haviam sido
perdidas, sendo mais de 252 mil delas no Brasil, número que aumenta aos milhares a cada dia. A
economia global, as complexas redes de relações internacionais, a saúde mental individual, o vai
e vem da vida cotidiana: nada foi poupado durante a pandemia.
Quando pensamos em covid-19, no entanto, o "trauma" pode não ser a primeira coisa que vem à
cabeça, quanto mais "trauma coletivo". Outras referências — econômicas, políticas, ecológicas,
científicas - podem parecer mais adequadas.
E mesmo dentro do campo da saúde mental, "trauma" não costuma ser o tema preferido nas
discussões da mídia, que se concentram mais em outros problemas como depressão, ansiedade,
solidão e estresse.
Trauma é um conceito muito mais sutil do que muitos de nós imaginam. Não é apenas uma
palavra para algo extremamente estressante. Nem sempre são provenientes de choques breves e
acentuados, como acidentes de carro, ataques terroristas ou tiroteios.
E trauma não é a mesma coisa que transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Trauma é
sobre eventos e seus efeitos na mente.
Mas o que o distingue de algo meramente estressante é como nos relacionamos com esses
eventos em um nível profundo.
Depois que a pandemia acabar, os efeitos do trauma coletivo que ela infligiu vão permanecer nas
sociedades por anos.
Como podemos entender esse efeito mental? E o que a ciência do trauma sugere que devemos
e não devemos — fazer para nos curar?
O trauma pode ser entendido como uma ruptura na "construção de significado", diz David Trickey,
psiquiatra e representante do Conselho de Trauma do Reino Unido.
Quando "a maneira como você se vê, a maneira como você vê o mundo e a maneira como você
vê as outras pessoas" são abaladas e reviradas por um evento -- e surge uma lacuna entre seus
"sistemas de orientação" e esse evento - o estresse simples se transforma em trauma,
frequentemente mediado por sentimentos fortes e prolongados de impotência.
Até mesmo nossas tragédias mais cotidianas podem gerar traumas. Ser demitido de um
emprego, por exemplo, pode ser altamente traumático.
Profissionais de saúde se abraçam após a morte de um colega na Espanha
A identidade de alguém, a base do "GPS pessoal", muitas vezes está ligada ao trabalho e sua
realização como fazer um mapa conceitual sobre o texto​

1 Resposta

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Ana Clara Santos

medo e caus pois não foi uma coisa boa

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