O trabalho na fábrica do engenho era uma combinação de tarefas...
O trabalho na fábrica do engenho era uma combinação de tarefas especializadas e semi especializadas, executada sob constante supervisão de homens livres ou mesmo de escravos. [...] Várias funções eram, muitas vezes, [...] desempenhadas por mulheres. Duas ou quatro escravas eram usadas para passar a cana pelos tambores externos. Do lado oposto, outra cativa passava a cana de volta pelo outro tambor. [...] A força de prensagem da moenda era tremenda... Uma escrava inexperiente, ou que se tornasse desatenta por haver trabalhado demais [...], podia facilmente ter a mão esmagada pelos tambores, junto com a cana. [...] Era preciso tomar precauções. Em moendas movidas por força hidráulica, deixava-se sempre à mão uma tábua para desviar a água da roda. Escravas com apenas um braço eram uma visão tristemente corriqueira. No Engenho Santana, na década de 1730, uma delas era Marcelina. O viajante francês Tollenare descreveu o caso particularmente comovente de uma bela jovem de nome Teresa, que fora rainha em Cabinda. Caída em desgraça, fora vendida como escrava e no Engenho Sibiró, em Pernambuco, foi colocada para trabalhar na moenda quando as moedeiras adoeceram. Inexperiente, teve uma das mãos apanhada, quando tentou libertar-se, a outra mão também foi esmagada. Amputaram- lhe os dois braços. [...]
(SCHWARTZ, Stuart B. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 130-131.)
a) Nos engenhos coloniais eram, geralmente, as mulheres que trabalhavam na moagem da cana. Quando a situação exigia, o trabalho de moagem se estendia noite adentro. Exaustas, elas corriam o risco de ter um braço esmagado na moenda. Levante uma hipótese: Por que será que os senhores preferiam que as mulheres realizassem esse tipo de serviço?
(SCHWARTZ, Stuart B. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 130-131.)
a) Nos engenhos coloniais eram, geralmente, as mulheres que trabalhavam na moagem da cana. Quando a situação exigia, o trabalho de moagem se estendia noite adentro. Exaustas, elas corriam o risco de ter um braço esmagado na moenda. Levante uma hipótese: Por que será que os senhores preferiam que as mulheres realizassem esse tipo de serviço?
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tipo duas ou quatro escrava passava cana pelos tambores externos
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