No Rio, as pessoas levantam-se antes do sol. Por volta do meio...

No Rio, as pessoas levantam-se antes do sol. Por volta do meio da jornada, todos ficam em casa. Os homens esten­dem-se em esteiras de junco ou em marquesas (uma espécie de poltrona). Passam o tempo dormindo, fumando cigarros ou dedilhando o violão. As mulheres tão logo se vestem, brin­cam com o seu sagui, atormentam o papagaio, comem doces, abandonam a cabeça aos hábeis dedos da mucama favorita, que lhes proporcionam os inefáveis prazeres do cafuné ou vigiam, com o chicote ao alcance da mão, o trabalho das negras acocoradas aos seus pés. Esse tra­balho é invariavelmente um bordado de um tipo desconheci­do entre nós, e que não passa de um ponto turco complicado. O ponto turco é feito puxando a linha para um só lado; para o ponto brasileiro, a operária tem de puxar linhas para todos os lados. (...) Há alguns desses bordados que se equiparam às nossas valencianas, e que só per­deriam para o ponto da Inglaterra O texto retrata o modo de vida de diferentes grupos que compunham a sociedade do Rio de Janeiro no Segundo Reinado. Com base nas informações apresentadas, conclui-se que, durante essa fase do Império, a influência cultural europeia reduziu-se até desaparecer por completo.

a vida doméstica ficou mais confortável com a introdução de novos mobiliários.

o trabalho braçal continuou preterido pela população branca e livre.

o trabalho doméstico passou a ser mais valorizado pela sociedade.

os modos de vida foram alterados em razão do fim da escravidão urbana.