Junho de 1941...Ficou na minha memória. Eu era bem pequena, ma...

Junho de 1941...Ficou na minha memória. Eu era bem pequena, mas guardei tudo na memória...A última coisa que me lembro da vida de paz é uma historinha, mamãe a lia de noite. Era minha preferida, a do Peixinho Dourado. [...] Uma manhã acordei de medo. Uns sons desconhecidos [...] Vi que papai ficou muito tempo beijando a mamãe, beijava o rosto, as mãos, e eu me espantei: nunca antes ele a havia beijado daquele jeito. Eles saíram para o pátio de mãos dadas, dei um pulo e fui para a janela: minha mãe estava pendurada no pescoço do meu pai e não o deixava ir. Ele a arrancou e saiu correndo, ela o perseguiu, de novo não soltava e gritava algo.
ALEKSIÉVITCH, Svetlana. As últimas testemunhas. SP: Companhia das letras, 2018, p. 13.

O trecho acima, da premiada escritora bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, aborda a Segunda Guerra Mundial, ou Grande Guerra Patriótica na versão soviética, a partir de relatos de crianças que testemunharam os horrores da guerra. Nesse exercício de recuperação da inocência infantil nota-se que os impactos da guerra estão para além das batalhas e das decisões políticas, uma vez que afetam profundamente várias vidas. Nesse sentido, o relato da criança demonstra:

a) A resistência soviética diante da invasão nazista.

b) A guerra como rompimento dos vínculos e afetos familiares.

c) A guerra como anulação da inocência infantil.

d) A necessidade de esquecimento do conflito.

e) A guerra como interrupção do tempo e do cotidiano familiar.

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Aryadne Santtos

1-a
2-c
3-b
4-b
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