A Olimpíada de Tóquio, que começou no dia 13 de julho de 2021,...

A Olimpíada de Tóquio, que começou no dia 13 de julho de 2021, fez história. Foi a primeira vez que a competição teve atletas transgênero participando. O primeiro nome, com grandes chances de levar uma medalha, mas que no final da competição ficou sem, foi o da halterofilista Laurel Hubbard, da Nova Zelândia. Sua participação foi confirmada pela IWF (Federação Internacional de Levantamento de Peso) com a publicação do ranking de classificação, na sexta-feira (11). Laurel, hoje com 43 anos, figura no 7º lugar do ranking mundial de levantamento de peso. Começou sua carreira de atleta aos 20 anos e, aos 35, em 2012, passou pela transição de gênero. Seguiu sua trajetória como atleta e viu mais portas se abrirem em 2015, quando o COI (Comitê Olímpico Internacional) autorizou a participação de mulheres trans desde que mantivessem determinado um baixo nível de testosterona nos últimos 12 meses. Para participar de outras competições internacionais, a autorização foi dada em 2003. Ao ganhar o segundo lugar no torneio mundial de 2017, disse que, "há dez anos, o mundo talvez não estivesse pronto para uma atleta como eu". "E talvez não esteja pronto agora", afirmou. "Mas tenho a sensação de que, pelo menos, as pessoas estão dispostas a me considerar para essas competições. É o momento certo para calçar as botas e subir na plataforma." Hubbard, porém, não está a salvo de ataques de rivais. A halterofilista belga Anna Van Bellinghen declarou que permitir a participação dela na olimpíada é injusto. "É uma piada ruim", disse.

Assinale a alternativa que explicite o porquê de a participação de mulheres trans nas Olimpíadas ser considerada “uma piada ruim” pela atleta concorrente de Lauren Hubbard

a. O Comitê Olímpico Internacional admite a participação de atletas transgênero que tenham até 10nmol/l de sangue. Esse fator não interfere no desenvolvimento de força da atleta trans nem na capacidade pulmonar, já que o desenvolvimento de seu corpo como feminino foi após os 35 anos, o que leva à transfobia o comentário que a inclusão de atletas trans é “uma piada ruim”.

b. Os usos sociais do corpo e as transformações decorrentes de questões identitárias colocam em cheque as expectativas entre o alto-rendimento e o auto-rendimento, admitindo um caráter excludente ao se considerar o diferente como outsider nas relações de gênero.

c.As pessoas temem que características biológicas desenvolvidas pela atleta antes da transição deem vantagem na realização das provas, como nível de testosterona mais elevado para a formação muscular e aumento os níveis de força, mesmo estando a atleta atualmente com níveis de testosterona abaixo de 10nmol por litro de sangue (o recomendado pelo COI para a participação de atletas trans nos Jogos Olímpicos), causando exclusão de mulheres no esporte.

d. Ao ressignificar sua identidade com a transição de gênero aos 35 anos, Lauren Hubbard mantém a força que tinha anteriormente nos músculos, por a produção de testosterona permanecer idêntica a que tinha antes da transição, o que torna legítimo ser considerada como “uma piada ruim” sua inclusão nos Jogos.

e. O movimento globalizador gera uma normatização dos corpos que pressupõe o diferente como uma identidade a ser combatida, por degenerar a raça dentro de um movimento eugenista e higienista.

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