A escravidão no passado e na atualidade De acordo com a lenda...

A escravidão no passado e na atualidadeDe acordo com a lenda do baobá, antes de embarcarem como escravizados nos navios negreiros para a travessia do Atlântico, mulheres e homens africanos eram forçados a dar várias voltas ao redor da árvore e a negar seus nomes, histórias, territórios e culturas. Após o ritual, eles eram batizados com um novo nome, escolhido pelo povo que os capturou, e vendidos ou trocados como escravizados. Por isso, o baobá começou a ser chamado de “árvore do esquecimento”, pois essas pessoas teriam depositado ali as memórias de sua origem e identidade. Chamado cientificamente de Adansonia digitata, o baobá vive cerca de 4 mil anos. Apresenta frutos ricos em vitaminas e sais minerais. A árvore pode saciar a sede de muitas pessoas, pois uma grande quantidade de água fica armazenada em seu tronco, que atinge até 30 metros de altura. Por sua força e exuberância, é considerada a árvore da vida para muitos povos da África.
1. Após a leitura, busque no texto informações que expliquem por que os baobás podem
ser considerados símbolos da memória e da vida pelos povos negros africanos.
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2. Ilustre a lenda do baobá em uma folha avulsa, fazendo referência à memória e à resistência dos povos negros africanos.

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Gustastrada

Árvore do Esquecimento

Exposição da artista plástica Tina Melo, aluna do programa de Mestrado Profissional em História da África, Diáspora e Povos Indígenas. Tina foi contemplada com o Edital Portas Abertas para as Artes Visuais 2013 da FUNCEB.

Baseada nas histórias que rondam a vinda dos negros africanos para o Brasil no processo de colonização, e que narram o ritual do esquecimento das raízes e identidades para então atravessar o Atlântico: As voltas dadas por homens e mulheres na Árvore do Esquecimento antes do embarque em Ouidah no Benin, seriam responsáveis pelo esfacelamento da memória, como num tipo de apagador capaz de anular as lembranças e tornar essas pessoas suscetíveis ao trabalho escravo sem que viessem a se rebelar.

Contudo percebemos na luta e resistência do povo negro o contrário dessa afirmação, e vamos encontrar no candomblé uma das manifestações mais intensas da concretude e manutenção dos valores, práticas e visões trazidas para o Brasil no processo de diáspora.

A tentativa de induzir o esquecimento torna-se então um mote para a persistência, para a recriação de um estar no mundo que nos chega até os dias de hoje como lembrança dos nossos antepassados africanos.

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