Causas da desindustrialização dos estados unidos​

Causas da desindustrialização dos estados unidos​

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tão parecido com o debate sobre “desindustrialização” no Brasil que o mesmo debate nos Estados Unidos. Ed Crooks (Financial Times apud Valor, 14/01/2011) mostra que, em meio à hesitante recuperação da economia dos Estados Unidos, o presságio de futuro melhor, com fundações mais sólidas que a “farra do consumo” alimentada pelo crédito imobiliário dos anos 2000, para muitos industriais e operários, seria o retorno à industrialização. Abalados pelo colapso econômico desencadeado pelos setores financeiro e imobiliário, as empresas americanas e os líderes políticos esperam retomar o crescimento e a geração de empregos com ênfase menor no consumo, na construção, no endividamento e nas importações, e mais na produção, os lucros e nas exportações. A revitalização industrial dos EUA também poderia ajudar a corrigir os desequilíbrios que vêm servindo de base para a instabilidade econômica global.

No entanto, os pontos de vista dos presidentes de algumas das maiores companhias industriais dos EUA sugerem que há razões estruturais profundas que tornarão lenta e difícil a reconstrução da produção industrial americana. Com o desemprego em 9,8% e aumentando, o sonho do restabelecimento da grandeza industrial dos Estados Unidos, a chamada “renovação americana” tem grande apelo. Há fortes criticas à suposição de que a América poderá passar de potência tecnológica e voltada às exportações para economia liderada pelos serviços e baseada no consumo, e de certa forma ainda esperando prosperar com isso. Todos norte-americanos gostariam de fabricar produtos lá e ter a autoconfiança para vendê-los ao redor do mundo.

Lá como aqui, afirma-se que “este governo ou qualquer governo precisa fazer é desenvolver um setor industrial avançado. É preciso criar competitividade em base global para as companhias nacionais”. Obviamente, o governo local comprou a ideia e estabeleceu a meta de dobrar as exportações nos próximos cinco anos, o que vai exigir revitalização vigorosa do setor industrial. O mundo certamente oferece oportunidades, com o crescimento acelerado de mercados emergentes como a China, Índia e Brasil criando demanda cada vez maior por tudo, de latas para bebidas a aviões.

O mundo, segundo essa interpretação da realidade, estaria entrando em nova “era de ouro” para o setor industrial e as companhias americanas estão vendo certo benefício nisso. Alguns grupos vêm registrando forte crescimento por causa da demanda dos mercados emergentes. As exportações americanas em 2010 foram 15% maiores em termos reais do que no mesmo período de 2009; pela primeira vez, as economias emergentes absorverão mais da metade das exportações americanas.

Todavia, as exportações de outros países para os EUA vêm crescendo igualmente rápido. O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que o déficit em conta corrente dos EUA aumentou no ano passado, enquanto o Japão e a Alemanha, que estão com superávits, melhoraram mais suas posições.

Embora os EUA sejam similares a outras economias desenvolvidas, em sua propensão às importações, eles vêm sendo singularmente fracos na exportação de bens manufaturados. O culpado tradicional toda vez que os EUA têm problemas com as exportações, é a sobrevalorização do dólar, que recentemente voltou ao foco com o aumento das tensões provocado pela decisão de China de .

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