Segundo Bechara (2015), as formas nominais do verbo se chamam...

Segundo Bechara (2015), as formas nominais do verbo se chamam infinitivo, particípio e gerúndio, para o autor, além de possuírem seus valores verbais, também desempenham funções de nomes, pois, de acordo com Bechara (2015, p. 237) "[...] o gerúndio pode valer por um advérbio ou adjetivo (amanhecendo, sairemos = logo pela manhã sairemos; água fervendo = água fervente) BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. Com base nisso, leia o trecho da obra de Monteiro Lobato no qual o autor recorre ao neologismo e à licença poética: "Narizinho correu os olhos pela assistência. Não podia haver nada mais curioso. Besourinhos de fraque e flores na lapela conversavam com baratinhas de mantilha e miosótis nos cabelos. Abelhas douradas, verdes e azuis, falavam mal das vespas de cintura fina - achando que era exagero usarem coletes tão apertados. Sardinhas aos centos criticavam os cuidados excessivos que as borboletas de toucados de gaze tinham com o pó das suas asas. Mamangavas de ferrões amarrados para não morderem. E canários cantando, e beija-flores beijando flores, e camarões camaronando, e caranguejos caranguejando, tudo que é pequenino e não morde, pequeninando e não mordendo." LOBATO, M. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1947. Levando em conta a análise morfológica e semântica dos verbos, percebemos que no último período do trecho, há uma série de verbos no gerúndio que contribuem para caracterizar o ambiente fantástico descrito. Expressões como "camaronando" "caranguejando" e "pequeninando e não mordendo" criam, principalmente, efeitos de:

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carolinegigi

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