Qual o contexto sócio histórico do filme um método perigoso?

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Mariarosadasilva







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UMA ANÁLISE PSICANALÍTICA DO FILME "UM MÉTODO PERIGOSO"



Uma Análise Psicanalítica do Filme "Um Método Perigoso"

PSICOLOGIA

02/07/2014

O filme Um Método Perigoso traz à tona uma questão técnica e ética colocada por Freud em Observações Sobre o Amor Transferencial (1915), que seria quando a paciente se apaixona pelo seu analista. O filme mostra que a relação analítica entre Jung e Sabina passa também a envolver relações sexuais entre eles o que vai de encontro ao que é proposto por Freud. Este considera que o analista não deve satisfazer o desejo da paciente, portanto deve-se manter abstinente, o que Jung não faz, assim como também não deve recalcar este desejo, pois seria o mesmo que trazer um conteúdo inconsciente à consciência para em seguida recalcá-lo novamente.

No filme a paciente alcança o seu objetivo, ou seja, ela satisfaz seu desejo, porém a finalidade da análise é comprometida. Verifica-se que no primeiro rompimento da relação sexual entre Jung e Sabina causa a esta uma crise. Posteriormente, eles voltam a manter relações sexuais, mas enquanto colegas de trabalho, e no segundo rompimento que é realizado por Sabina é Jung quem não aceita. 

Podemos ver a relação transferencial se desenrolando através de várias cenas, como na que Sabina beija Jung, quando ela se excita quando ele bate no seu casaco, quando ela se interessa por saber da relação de Jung com sua esposa ou quando ela reage agressivamente no momento em que ele lhe diz que precisa interromper o tratamento durante alguns dias por causa do serviço militar. O beijo de Sabina o faz se colocar diante do seu desejo, ele não se posiciona diante do beijo, nem recua.

Freud (2006, p.178) coloca que a transferência positiva erótica (o que acontece na relação entre Jung e Sabina) traz desafios e dificuldades para a análise, visto que pode ser encarado com uma resistência, pois a paciente ficará focada apenas no seu amor e não terá insights sobre si. Caso o analista tenha relações sexuais com a paciente, se deixa de trabalhar o que está por trás deste desejo sexual pelo analista, da mesma forma se o analista ignora este desejo, a paciente pode se sentir humilhada e buscar se vingar.

Quando Jung rompe com Sabina e lhe diz que a única relação que eles podem ter é a de analista e paciente, como uma forma de afetá-lo, ela exige que ele conte a verdade a Freud para que este possa aceitá-la como paciente. E Sabina sabia das discordâncias teóricas que havia entre Freud e Jung.

Ao encontrar Sabina, Jung diz não poder mais continuar a relação, pois tem uma vida com a sua esposa. E com isso, resiste novamente de aceitar sua implicação na relação com Sabina. Doravante isso, Sabina diz não querer ser tratada da mesma forma que a esposa dele, mas sim ser punida. Aqui temos um enlace entre a resistência de Jung, a relação transferencial dos dois e o fenômeno da compulsão à repetição de Sabina (Jung deve nessa relação se colocar na posição de seu pai, já que ela sentia prazer quando ele a batia).

Ao se encontrar com Sabina, Jung se coloca em uma posição de poder de médico, falando inclusive que a relação deveria ser posta em níveis monetários para que isso e outros atributos presentificasse para ele que estava em uma relação terapêutica. Isso mostra uma tentativa de defesa extremada, ao passo que resistindo e colocando esses muros em seu enlace com Sabina, irá garantir ainda que minimamente o não afloramento do seu des​
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