TEXTO: O CARRO MAL ASSOMBRADO Eram cinco horas da tarde. Mês d...

TEXTO: O CARRO MAL ASSOMBRADO Eram cinco horas da tarde. Mês de julho. Pela estrada que vai à cidade de Bagagem em Minas Gerais, seguem seis caipiras. Iam enterrar um camarada. Levaram-no numa rede, como é de costume nos nossos sertões, suspensa a uma vara comprida e reforçada, cujas extremidades apoiavam aos ombros.
Revezavam-se, dois a dois, de espaço a espaço, mas já se sentiam um tanto cansados. Tinham andado légua e meia, e faltava outro tanto, quase. Nesse ponto, alcançaram um carro de bois, que se dirigia à mesma cidade. Conheciam o carreiro, cumprimentaram-se e entabularam conversação. O carro estava vazio, e facilmente conseguiram do amigo que deixasse ir ali o defunto, enquanto descansavam. Pouco depois, escureceu de todo, e faltava ainda uma légua de caminho. Resolveram, então, suspendera viagem, e pousar ali mesmo, na estrada. No outro dia, cedo prosseguiriam. Pararam o estranho mortuário à beira do caminho, soltaram os bois e foram arranchar um pouco além, em pouso improvisado. Pela noite adiante, passa um amigo do carreiro. Ia encontrar-se com ele no povoado. Vê o carro, reconhece-o, detém-se, e considera que é melhor pernoitar ali, e seguirem juntos no outro dia. Aproxima-se do veículo, cujo leito era como um caixão fundo, aberto apenas pela parte de trás, espia, e vê um vulto estirado. Supõe-se que é o carreiro. Sobe, entra e deita-se ao lado, cautelosamente, a fim de não acordá-lo. Na manhã seguinte, ao despertar, volta-se para o lado e chama o amigo, procura despertá-lo, senta-se e, finalmente, vai sacudi-lo, quando sente aquele corpo gelado... Aterrado, horrorizado, salta do carro... É o tempo em que os outros se dirigem para o seu lado. Vêem um homem saltar dali, do carro onde sabiam que só estava o morto... tomam-no pelo defunto e disparam... O pobre homem mais apavorado fica, e atira-se-lhes no encalço como um louco... E eram de ver, por entre as névoas da manhã, pelas quebradas afora, aqueles sete homens, esbaforidos, fugindo de um defunto vivo. (Estevão Cruz)
RESPONDA AS QUESTOES
01. A história tem como ambiente as cercanias de um cidade de Minas Gerais cujo nome, atualmente, é Estrela do Sul. Na época da história, qual era o nome da cidade?.
02. As frases seguintes podem ser verdadeiras ou falsas: a) Os caipiras iam a pé para a cidade b) O defunto era transportado numa rede c) Já cansados, os caipiras encontraram um carro de bois d) O carreiro ofereceu-se para transportar o defunto___
e) O amigo do carreiro dirigia-se para a cidade f) Aterrado, o defunto saltou do carro g) Com o susto, oito homens puseram-se a correr.
03. O amigo deitou-se no carro de bois, cautelosamente. Por quê?

04. Como o amigo do carreiro descobriu-se que estivera ao lado de um defunto?
.
05. Sabemos que caipira é um matuto, sertanejo, pessoa sem os modos próprios das cidades. Cite outros sinônimos é dado para caipira: ( ) capiau ( ) jeca ( ) tabaréu ( ) safado ( ) mocorongo ( ) mulato ( ) imbe cil ( ) gentio ( ) bocó
06. Légua é o corresponde a: ( ) 6.700m ( ) 3.700m ( ) 5.700m ( ) 6.650m ( ) 5.650m
07. O texto é: ( ) narrativo ( ) descrito ( ) dissertativo
08. Minas Gerais, a sigla é
09. Retire do texto uma frase que tenha: a) Oração sem sujeito:
b) Sujeito simples:

0 Respostas

XXXTh está aguardando sua ajuda.

Sua resposta
Ok

Mais perguntas de Português





















Toda Materia
Toda Materia
Toda Materia

Você tem alguma dúvida?

Faça sua pergunta e receba a resposta de outros estudantes.

Escola Educação