Texto 1: O livro possui apenas 72 páginas de uma história dens...

Texto 1: O livro possui apenas 72 páginas de uma história densa e amarga. De cunho autobiográfico, relata as memórias
de uma infância amarga e melancólica.
O narrador, um menino, nos apresenta à fria rotina da família composta pelo pai, pela madrasta e seus cinco
irmãos após a morte da mãe, revelada logo nas primeiras páginas. Cada um dos irmãos tem sua maneira de lidar
com a perda: o irmão que come vidro, a irmã obstinada a bordar seu enxoval, a irmão que finge ser uma gata. A
figura do pai, alcoólatra e distante, intensifica o sofrimento do narrador desamparado e retalha a família página a
página.
A separação da mãe é descrita de maneira muito dolorosa e ao mesmo tempo muito delicada e singela. Não há
uma história em si, existe uma sucessão de memórias que evidencia o contraste da presença doce da mãe ao
amargor de sua substituta. A imagem do tomate, a forma que o narrador utiliza para comparar as duas figuras
femininas, ratifica a doce figura maternal ao amargor de sua substituta.

Texto 2.
Aproveitando o feriadão de carnaval, tentarei colocar em dia minhas resenhas aqui no blog. Este é o primeiro de
cinco textos que programei para hoje. Li Vermelho Amargo no dia 22/12/2013, e fui deixando a resenha pra
depois, pra depois, depois, e os livros foram se acumulando neste período.
Quando meu irmão comprou este livro da Cosac Naify (sim, entre nós três, a Cosac Naify é como se fosse uma
grife. “Comprei um Cosac Naify hoje!” ou “Vou comprar esse livro, mesmo sem conhecer o autor, pois é um Cosac
Naify” são frases comuns entre nós. Aliás – estendendo um pouco este parêntese – acredito que, em breve, se a
Cosac Naify continuar a lançar promoções de 50%, nós três juntos teremos todo o catálogo de ficção da editora. O
que não seria nada mau.), fiquei encantado, para variar, com o projeto gráfico do livro. Ele fez parte de uma
experiência que fizemos de comprar livros diferentes do que andávamos lendo. Como este meu irmão
praticamente só lê russos (e quase que exclusivamente Dostoievski e Tolstoi), achou por bem comprar este livro
de um autor de nome sonoro e até então desconhecido.
Vermelho Amargo é um livro de cunho autobiográfico. Narra as difíceis memórias afetivas de um menino que tem
que aprender a lidar com a sua madrasta enquanto ainda sofre com a morte da mãe.
Não há exatamente uma história, mas uma sucessão de lembranças, disparadas por alguns gatilhos, o mais
comum deles o modo como a madrasta cortava cuidadosamente o tomate. Tratase, portanto, de um livro
bastante sensível, carregado de simbolismo.
O livro é repleto de aforismos e são muitas as frases que nos colocam para pensar:
Além da melancolia própria das lembranças do menino, chamou a minha atenção as suas constantes referências
aos livros:
Não foi um livro que me fisgou. Gosto de símbolos, mas gosto de histórias, e este livro é quase um poema. Uma
obra ainda mais abstrata e simbólica que Lavoura Arcaica e um pouco menos que Os Verbos Auxiliares do
Coração, que espero resenhar ainda hoje.

Por José Leonardo Ribeiro Nascimento

1. Que tipos de texto são estes dois que acabamos de ler?
2. Qual a diferença de estrutura entre os dois textos?
3. A autora do texto 1 se coloca a favor ou contra ao livro que ela está analisando?
4. Cite um ponto positivo que ela vê nesse livro?
5. Segundo o texto 1, que elementos do livro podem atrair os leitores?
6. O autor do texto 2 se coloca a favor ou contra ao livro que ele está analisando?
7. Cite um ponto negativo e/ou positivo que ele vê no livro?

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