Sobre o texto (Por que a escola não serve para (quase) nada) A...

Sobre o texto (Por que a escola não serve para (quase) nada) Antes de mais nada: qual a tese central defendida pelo texto?2 - Que argumentos foram apresentados em defesa dessa tese? Lembre se: a classificação do que lemos como texto de opinião tem objetivo didático, mas obviamente não é absoluta (ou um texto de opinião só teria opinião!). O texto de opinião se fundamenta em informações, ou prévias (não preciso repetir o que sei que o meu leitor já sabe) ou de apoio (apresento informações que situam o leitor num mundo concreto e informações que servem como provas da tese que defendo).
Localize, no texto lido, informações de apoio que situam o leitor e in formações que comprovam - ou buscam comprovar - a opinião emitida.

3-Os argumentos não existem em estado "puro", isto é, eles normal mente se dirigem a um interlocutor concreto, que tem lá suas opiniões. As sim, todo texto de opinião bem-sucedido leva em consideração as opiniões do interlocutor, seja para omiti-las (na medida em que enunciar uma contraprova poderia destruir o que se está dizendo), seja para se antecipar a uma possível resposta. Na fala, o interlocutor está diante de nós, e quem já participou de, por exemplo, uma discussão de bar, sabe como é o vaivém argumentativo, mudando de rumo a cada instante de acordo com esta ou aquela resposta. No texto escrito, entretanto, a ausência física do interlocutor exige uma estratégia específica para maior eficácia da tese. No texto lido, em que momento o autor se antecipa a uma possível resposta do leitor?

4-A quem se dirige o texto que lemos? Antes de responder, releia esta citação de Bakhtin:
Não pode haver interlocutor abstrato; não teríamos linguagem comum com tal interlocutor, nem no sentido próprio nem no figurado. Se algumas vezes temos a pretensão de pensar e de exprimir-nos urbietorbi, na realidade é claro que vemos "a cidade e o mundo" através do prisma do meio social concreto que nos engloba. Um texto de jornal dirige-se a quem, especificamente? A ninguém em especial, é claro; dirige-se, por princípio, a todos os leitores. A qualquer leitor ou a um grupo delimitado de leitores? Ora, é impossível se dirigir a todas as pessoas ao mesmo tempo - como diz Bakhtin, não teríamos essa linguagem universal. Na verdade, cada palavra que dizemos ou escrevemos revela quem somos e a quem nos dirigimos, concretamente. Os profissionais da palavra - jornalistas, publicitários, por exemplo - sabem muito bem disso: existem textos para jovens, velhos, mulheres, crianças, e, em cada caso, para interesses específicos (econômicos, culturais, esportivos...), nível de escolaridade (superior, fundamental...), classe econômica (salário até
200 reais, de 201 a 500...). Enfim: basta observar uma banca de jornal e perceber como é multifacetado o universo da palavra escrita. A cada um, a sua linguagem - essa parece a regra prática da escrita...

Pois bem: faça um perfil do leitor do texto 1. Como um detetive, descubra pela linguagem do texto quem é ele.

5. O texto de opinião funciona substancialmente estabelecendo relações lógicas. No texto que lemos, há uma incidência significativa das palavras mas e assim. Em outro momento, aparece a expressão o que só comprova... Localize esses elementos de relação lógica e observe que relações eles estabelecem.
Por que tais relatores (mas, no entanto, porém, só que...) são particular mente importantes no texto de opinião? Observe que um bom texto argumentativo sempre apresenta o outro lado, para melhor fundamentar o próprio lado. Do mesmo modo, as conclusões aparecem sempre em decorrência do que se disse antes (assim, desse modo, como vemos, considerando esses fatos, em conseqüência disso...).

6. Confira a paragrafação do texto, assinalando as marcas de costura entre um novo parágrafo e o anterior.

7. Para matar a saudade do cursinho, vai aí um teste de múltipla escolha. Assinale a resposta certa, a respeito do texto lido. E lembre-se: a opinião é um problema seu!
a) Concordo com a tese, mas a argumentação foi péssima.
b) Não concordo com a tese, mas reconheço que a argumentação foi boa.
c) Concordo com a tese, e a argumentação foi boa.
d) Não há tese alguma, e a argumentação não tem pé nem cabeça.
e) A tese parece boa, mas não é universal - nem toda escola é assim.

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