Situaçdo de puro sujeito em face do objeto puro, registrando (...

Situaçdo de puro sujeito em face do objeto puro, registrando (teoricamente sem interferencia de outro texto) as noções e impressos que desconfiar da influencia mediadora de obras alheias.
Mas nós sabemos que, embora folha do mundo, a obra é um mundo, e que convém antes de tudo pesquisar nela mesma as razões que a
realidade do mundo foi reordenada, transformada, desfigurada ou até posta de lado, para dar nascimento ao outro mundo que a obra
constitui
sustem como tal. A sua razão especifica é a disposição dos núcleos de significado, formando uma combinação singular, segundo a quala
Ver criticamente a obra é escolher um dos momentos do processo como plataforma de observação. Num extremo, é possivel encara-la
igual
, por que não deixar a realidade em paz? Já no outro extremo é possível ver a obra como um objeto manufaturado com arbitrio
como uma duplicação da realidade, de maneira que o trabalho imitativo fique reduzido a um registro sem grandeza, pois so era para fazer
soberano, que alcança significação na medida em que nada tem a ver com a realidade. Mas seria melhor a visão que pudesse rastrear na
obra o mundo como material de origem para surpreender no processo vivo da montagem a singularidade da forma segundo a qual se da
a ver um mundo novo.
Obs.: 1 Marcel Proust (1871-1922): romancista, ensaísta e crítico literário francés, autor de Em Busca do Tempo Perdido, publicada em
sete volumes
(Adaptado de: CANDIDO. Antonio. O discurso e a cidade.
Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2013. p. 107-108)
Hoje está na moda dizer que uma obra literària é constituida mais a partir de outras obras, que a precederam, do que em função de
estimulos diretos da realidade, pessoal, social ou fisica. Deve haver boa dose de verdade nisso. Todas as vezes, dizia Proust, que um
grande artista nasce, é como se o mundo fosse criado de novo, porque nos começamos a enxerga-lo conforme ele o mostra.
Comenta-se com propriedade, considerado o parágrafo 1, acima transcrito, que o autor
a) cita o que diz Proust valendo-se do discurso direto, que, na ausência de palavra que anuncie a fala, vem sinalizado somente por meio
de recursos gráficos
b) atribui à coletividade um pensamento que ele apresenta para ser refutado.
c) lança uma suposição que propicia ao leitor liberdade de avaliar a credibilidade de uma informação,
d) faz uso da conjunção conforme com o sentido de "à medida que".
e) emprega a palavra Hoje, que, para remeter exatamente ao dia em questão, exigirá do leitor consulta à data indicada nas referências
bibliográficas que acompanham o trecho.

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