Primeiro texto Como todo bom geek, eu também sou viciado em hi...

Primeiro texto Como todo bom geek, eu também sou viciado em histórias em quadrinhos e em

meio a tantos balões e onomatopeias, hoje eu venho falar sobre o polêmico

debate: HQs também valem como literatura?

Sempre me deparo com esse dilema quando questiono alguns geeks que

conheço, sobre o gosto deles pela literatura. Uma boa parte deles não curte os

livros, mas justificam que leem histórias em quadrinhos.

De fato, as HQs são, na maioria dos casos, o primeiro tipo de texto em páginas

que as pessoas têm contato. Qual criança não gosta de ver toda a ação

desenhada, das cenas dos personagens que nós amamos e, em meio disso,

tudo o que eles falam e que a gente lê? Muitas dessas pessoas, levam as

histórias em quadrinhos para o resto da vida, assim como eu!

Antes de falar sobre o que penso, temos que diferenciar leitura de literatura.

Quando eu falo de literatura, me refiro à arte de se ter uma história escrita,

baseada em uma narrativa, que pode ganhar vida pela imaginação de seu

contexto. Isso, para mim, é literatura.

Já a leitura, pra mim, é ato de ler qualquer tipo de texto, independentemente de

seu formato ou de sua interpretação. São coisas diferentes.

Com base nisso, eu concluo que literatura está enraizada nos livros, onde nós

temos páginas de uma história a ser interpretada através de certo ponto de vista,

do leitor ou do escritor, através do personagem.

Quanto aos quadrinhos, acredito que se pegarmos a arte da literatura e

somarmos à arte gráfica — que dá vida às cenas e ao ambiente imaginado pelo

roteirista — teremos uma HQ.

Logo, eu não posso concordar que HQs sejam literatura, mas concordo que são

um tipo de leitura. As histórias em quadrinhos vão um pouco mais além que os

livros, no sentido de que alguém escreve e outro alguém retrata o pensamento

de quem escreveu, porém mais simplistas em questões de profundidade

contextual. Nas páginas dos livros, o autor coloca à sorte de cada mente, a

capacidade de dar vida às cenas descritas. Se de um lado, uma HQ “não precisa”

se preocupar muito com a descrição das cenas e podem manter o foco no

diálogo — porque está tudo desenhado ali, numa descrição visual — nas páginas

dos livros tudo se inverte, os escritores precisam saber conduzir a imaginação

dos leitores, para que mantenha a coerência da narrativa, sem nenhum desenho

para guiar os pensamentos.

Hoje em dia, as editoras de histórias em quadrinhos já fazem encadernados

luxuosos pra tentar dar uma aparência de livro às revistas, o que eu amo e

inclusive tenho vários, mas eu preciso confessar que sou mais fã da iniciativa de

alguns escritores que transformam as HQs em livros. Temos vários títulos pelas

livrarias, todos cuidadosamente bem trabalhados, mas que serão tema de uma

próxima postagem aqui no #IamNotAFairy.

Por enquanto eu deixo essa minha visão: HQs valem como leitura, não como​

1 Resposta

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Isabelly

Se está pedindo para diferenciar, é porque leitura está sendo considerada como leitura letrada, capaz de (re)construir significados dentro do texto. Decodificação é a leitura elementar, é juntar letras pra formar sílabas, juntar sílabas para formar palavras, até mesmo juntar palavras para formar frases. Quem domina este processo é considerado alfabetizado, porém não é suficiente para que a pessoa seja capaz de juntar frases e compreender o sentido do texto.​
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