O Planeta dos Idiomas Perdidos “Kamui Poho ne Yesu Kiristo kor...

O Planeta dos Idiomas Perdidos
“Kamui Poho ne Yesu Kiristo koro pirika shongo herashi ambe.” Eis aqui um trecho do Evangelho de Marcos, traduzido em 1897
para a língua ainu, falada pelo povo mais antigo do Japão. Já no século 20, no final dos anos 80, entre os 30 mil remanescentes
dessa comunidade que vive na Ilha de Hokkaido, no norte do país, apenas oito ainda usavam o idioma. Porém, após anos de
declínio, ele foi salvo do desaparecimento total com a abertura de um museu e a implantação de cursos oferecidos aos jovens, que
assim redescobriram as palavras de seus ancestrais.
O exemplo japonês, animador, mas pontual, não justifica um grande entusiasmo com respeito à preservação das línguas faladas no
mundo, fundamentais para a diversidade que hoje se reconhece como uma meta saudável.
Segundo a Unesco, das cerca de 6 mil existentes hoje, a metade estaria ameaçada de extinção. Nos últimos três séculos, o
fenômeno da extinção ganhou velocidade dramática, especialmente nas Américas e na Austrália.
Até os anos 70, os aborígines australianos eram simplesmente proibidos de utilizar qualquer uma de suas 400 línguas, das quais
apenas 25 sobrevivem. Com os índios da América, as coisas não correram de modo muito diferente. Nos Estados Unidos, onde
existiam várias centenas de línguas antes da chegada dos colonizadores, hoje sobrevivem menos de 150. No Canadá, o governo
vem estimulando nos últimos anos a preservação das 104 línguas ameríndias existentes em seu território, mas, assim mesmo,
metade delas está gravemente ameaçada.
Trata-se de um número equivalente às línguas que também correm perigo na Europa, como é o caso das variantes do saami
(lapônio), faladas na Escandinávia e no norte da Rússia.
Os lingüistas consideram uma determinada língua em perigo quando pelo menos 30% das crianças em sua base territorial deixaram
de aprendê-la. Isso pode acontecer por diversas razões.
As mais comuns são a migração de populações para um novo ambiente cultural ou quando, mesmo sem se mover, elas tomam
contato com uma cultura mais forte do ponto de vista econômico. Foi o que ocorreu no Brasil. Estima-se que os cerca de 5 milhões
de índios existentes à época do descobrimento falassem algo em torno de 1100 línguas, pertencentes a dois troncos principais, tupi
e gê. Hoje esse número não chega a 200, resultado de cinco séculos de hegemonia da língua portuguesa.

1. De acordo com o texto, é correto afirmar que
(A) a tendência, nos países da América, é de preservação das línguas ameríndias,
diferentemente do que acontece em outros países do globo.
(B) o Japão motivou os vários países do planeta a investirem na preservação das línguas
faladas, como forma de garantir a diversidade lingüística.
(C) as línguas que estão em fase de extinção representam falares sem importância no cenário
lingüístico mundial e, por isso, tendem a sumir.
(D) muitas línguas faladas no mundo, por motivos diversos, correm o risco de virem a se
extinguir, conforme pode ser comprovado pelos
dados da Unesco.
(E) a preservação das línguas faladas no mundo é de responsabilidade da Unesco, que vem
tratando de evitar que elas se extingam.
por favor!!!

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Felipe

D!

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