Nvejo o ourives quando escrevo: Imito o amorCom que ele, em ou...

Nvejo o ourives quando escrevo: Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo
Faz de uma flor.

Imito-o. E, pois, nem de Carrara
A pedra firo:
O alvo cristal, a pedra rara,
O ônix prefiro.

Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.
(..)
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.

Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, saia da oficina
Sem um defeito:
(...)
Porque o escrever – tanta perícia,
Tanta requer,
Que oficio tal… nem há notícia
De outro qualquer.

Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena Forma!
(Olavo Bilac)
8) O poema acima foi escrito por Olavo Bilac, um dos mais importante poetas parnasianos brasileiros. Analise o texto, apontando aspectos - quanto à forma e quanto ao tema - que o filiam ao Parnasianismo.

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