Naquele tempo eu morava no Calango Frito e não acreditava em f...
Naquele tempo eu morava no Calango Frito e não acreditava em feiticeiros. E o contrassenso mais avultava, porque, já então, — e excluida quanta coisa-e-sousa de nós todos lá, e outras cismas corriqueiras tais: sal derramado; padre viajando com a gente no trem; não falar em raio: quando muito, e se o tempo está bom, "faisca"; nem dizer tepra; só o "mal"; passo de entrada com o pé esquerdo; ave do pescoço pelado; risada renga de suindara; cachorro, bode e galo, pretos; [...] — porque, já então, como la dizendo, eu poderia confessar, num recenseio aproximado: doze tabus de não uso próprio; oito regrinhas ortodoxas preventivas, virte péssimos presságios, dezesseis casos de batida obrigatória na madeira; dez outros exigindo a figa digital napolitana, mas da legítima, ocultando bem a cabeça do polegar, e cinco ou seis indicações de ritual mais complicado; total: setenta e dois — noves fora, nada.
João Guimarães Rosa, nesse fragmento de conto, resgata a cultura popular ao registrar
(a) trechos de cantigas
(b) rituais de mandingas
(c) citações de preceitos
(d) cerimônias religiosas
(e) exemplos de superstições
João Guimarães Rosa, nesse fragmento de conto, resgata a cultura popular ao registrar
(a) trechos de cantigas
(b) rituais de mandingas
(c) citações de preceitos
(d) cerimônias religiosas
(e) exemplos de superstições
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Explicação:ano eu também quero a resposta
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