“Nóis Mudemo” As aulas tinham começado numa segunda-feira. Esc...

“Nóis Mudemo” As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.
- Por que você faltou esses dias todos?
- É que nóis mudemo onti, fessora. Nóis veio da fazenda.
Risadinhas da turma.
- Não se diz “nóis mudemo” menino! A gente deve dizer: nós mudamos, tá?
- Tá fessora!
No recreio as chacotas dos colegas: Oi, nóis mudemo! Até amanhã, nóis mudemo!
No dia seguinte, a mesma coisa: risadinhas, cochichos, gozações.
- Pai, não vô mais pra escola!
- Oxente! Módi quê?
Ouvida a história, o pai coçou a cabeça e disse:
- Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem dessa! Não liga pras gozações da mininada!
Logo eles esquece.
Não esqueceram.
BOGO, F. “Nóis Mudemo”. In: O quati e seus contos. 3 ed., Palmas: Kelps, 2009. pp.27- 30.

No texto 1, “Nóis Mudemo”, de Fidêncio Bogo, temos exemplo do uso de uma variedades da língua: a oral. É possível, com base na variedade linguística do protagonista, indicar que seu grau de alfabetização

é baixo, pois ele não tem amigos que falam o português “corretamente”.

é baixo, pois ele não tem prática de leitura.

é baixo, se considerar o contato cotidiano com falantes da modalidade culta da língua.

é baixo, em comparação com o domínio linguístico do seu pai.

é baixo, se considerar que ele havia acabado de chegar na cidade grande.

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