Lembrança de morrer (Álvares de Azevedo) Quando em meu peito r...

Lembrança de morrer (Álvares de Azevedo) Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nenhuma lágrima Em pálpebra demente. E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento. Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro _ Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro; Só levo uma saudade _ é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas... De ti, ó minha mãe! Pobre coitada Que por minha tristeza te definhas! De meu pai... de meus únicos amigos, Poucos — bem poucos — e que não zombavam Quando, em noite de febre endoudecido, Minhas pálidas crenças duvidavam. Se uma lágrima as pálpebras me inunda Se um suspiro nos seios treme ainda É pela virgem que sonhei...que nunca Aos lábios me encostou a face linda!.Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: _ Foi poeta _ sonhou _ e amou na vida. 10) Assinale a que geração pertence esse poema: * 1ª geração
2ª geração
3ª geração​

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