Leia o texto. SAÚDE PÚBLICA: POR ONDE COMEÇAR O TRATAMENTO?Meu...

Leia o texto. SAÚDE PÚBLICA: POR ONDE COMEÇAR O TRATAMENTO?

Meu município, Remígio, está localizado no brejo paraibano. É uma
cidadezinha interiorana calma e considerada uma cidade-pólo, tendo em vista sua
ótima localização, que dá acesso a vários outros municípios. Entretanto, um grave
problema maltrata os remigenses há mais de 10 anos: a falta de um hospital público.
Os “vários” pequenos postos de atendimento da família (PSF) só nos servem para
vacinação e receitas de remédios; em casos mais graves, somos obrigados a nos
humilharmos em hospitais das cidades circunvizinhas.
O caos da saúde pública do nosso país parece-nos até muito normal. Vemos
qualquer notícia de pessoas morrendo em corredores dos hospitais públicos ora por
falta de atendimento, ora por falta de remédios. Desde que o Brasil é Brasil que as
pessoas sofrem com esse problema. Dinheiro para investir nisso nós sabemos que
há. Os estádios que estão sendo construídos para a Copa de 2014 comprovam isso.
O que falta é uma tonelada de vergonha na cara, interesse, comprometimento e
planejamento daqueles que são responsáveis por administrar o dinheiro público dos
nossos impostos. A corrupção e o péssimo eleitorado brasileiro são em quem nós
devemos por a culpa.
Minha cidade apesar de muito conhecida no estado por ser uma cidade-pólo,
por suas festas de vaquejadas e emancipação política, sofre com essa crueldade.
Há anos que esse município não sabe o que é ter um filho originalmente nascido na
sua terra. Quantos idosos e crianças já adoeceram nas madrugadas e foram
obrigados a negociar com a sorte, pedindo um pouco mais de calma enquanto
chegassem a algum hospital em Campina Grande (36 km - 40 minutos de viagem)?
Porém, em épocas de campanha política a saúde pública é um dos projetos mais
prometidos pelos atônitos candidatos. O interessante é que o tempo que faz que
não nasce uma criança em Remígio é o mesmo em que o povo vive iludido numa
esperança utópica da nossa situação mudar.
A culpa disso na maior parte sabemos que é nossa mesmo. O povo deve ter
o político que merece. Nós eleitores ainda estamos anos luzes de distância de saber
escolher os candidatos dignos e honestos para nos representarmos. Na maioria das
vezes, vê-se tanto eleitores quanto candidatos em busca de interesses particulares
e não no bem comum. Os políticos fazem uma “promessinha” de emprego para um
aqui; uma “carradinha” de tijolos para outro ali; pagam umas contas de água e luz
para outro acolá; e esses mesmos beneficiados de um dia, sofrem por décadas
afins, pois a politicagem é hereditária.
Enfim, discutir problemas públicos não tem como fugir de política. Segundo
nossa Constituição Federal saúde é um direito que deve ser garantido para a
população. O problema é que faltou concordar isso com as pessoas que
escolhemos como responsáveis. O Brasil precisa de gente honesta. O povo precisa
de uma (re) educação eleitoral. Quem mais sofre com isso é meu município, meu
Brasil.

1.Sobre o texto acima, responda:

a) Que gênero textual é esse que acabamos de ler?

b) Qual o tema tratado nesse texto?

c) Como o autor fez a introdução do seu texto?

d) Qual é a opinião do autor sobre esse tema?

e) Qual a estratégia usada pelo autor para concluir seu texto?​

1 Resposta

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Paulricar

A) É um artigo de opinião.

B) Esse texto trata sobre o caos na saúde publica brasileira.

C) Ele inicia o texto apresentando para o leitor o lugar onde vive e como é a saúde pública de lá. Essa estratégia serve para contextualizar o problema a ser discutido no texto.

D)  A ideia defendida é que o comodismo das pessoas contribui com os problemas na saúde pública.

E) Ele reafirma, com outras palavras, a opinião defendida ao longo do texto.

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