Esse texto traduz a essência da pesquisa elaborada por Mário d...

Esse texto traduz a essência da pesquisa elaborada por Mário de Andrade para a composição da obra.
Elabore um texto onde você possa justificar o valor da pesquisa na produção textual. ( 15 linhas )

Macunaíma é uma narrativa multifacetada composta com materiais retirados de uma grande variedade de fontes. O seu eixo inicial foi um mito envolvendo um herói chamado Macunaíma que existia nas tradições indígenas do norte da Amazônia, recolhido e divulgado entre os ocidentais pelo etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg em sua obra Vom Roraïma zum Orinoco (1924). Mário relatou como despertou seu impulso para a escrita:
"No geral meus atos e trabalhos são muito conscientes por demais para serem artísticos. Macunaíma não. Resolvi escrever porque fiquei desesperado de comoção lírica quando lendo o Koch-Grünberg percebi que Macunaíma era um herói sem nenhum caráter nem moral nem psicológico, achei isso enormemente comovente nem sei porquê, de certo modo pelo ineditismo do fato, ou por ele concordar um bocado com a nossa época, não sei..."
Em seu redor foram agregados elementos do folclore indígena, africano, brasileiro e europeu, junto com outros oriundos de textos anteriores do autor, de suas experiências pessoais, de seus estudos antropológicos, etnológicos, linguísticos e psicológicos, e da história do Brasil, especialmente através das crônicas coloniais. Koch-Grünberg forneceu muitos outros motivos além do personagem-título, e também foram importantes fontes gerais obras de Capistrano de Abreu (Língua dos Caxinauás), Couto de Magalhães (O Selvagem), Gustavo Barroso (Ao Som da Viola), Basílio de Magalhães (Folclore) e Sílvio Romero (Contos Populares). Nos esboços para o primeiro prefácio Mário viu seu trabalho como uma espécie de "antologia do folclore brasileiro", mas não pretendia que fosse entendido como um documento acadêmico, e sim como uma obra de arte, dizendo que "evidentemente não tenho a pretensão de que meu livro sirva para estudos científicos de folclore. Fantasiei quando queria e sobretudo quando carecia para que a invenção permanecesse arte e não documentação seca de estudo". Em vários textos posteriores Mário defendeu o método da apropriação e transformação de temas e motivos já existentes como uma prática artística generalizada, como é de fato desde tempos imemoriais.
Os primeiros esboços para o livro datam de 1926, constituídos de ideias postas em folhas e fichas avulsas e anotações inscritas nas margens da sua edição de Vom Roraïma zum Orinoco. Logo fazia contatos com outros intelectuais e pesquisadores obtendo novos subsídios, lançava-se entusiasmado em pesquisas próprias para levantamento dos espaços e composição dos personagens, fazendo muitas anotações, e nas férias de fim de ano, passadas na chácara de seu primo Pio Lourenço Correa em Araraquara, escreveu em poucos dias a primeira versão manuscrita em sete cadernos, logo seguida de mais duas, que condensaram drasticamente o que havia escrito no início, resultando em dois cadernos. Depois das férias organizou o material em uma versão datilografada, e ao longo do processo de redação definitiva frequentemente debateu os progressos que fazia com amigos, especialmente Alceu Amoroso Lima, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, considerando suas opiniões e sugestões, e em janeiro de 1927 entregava os originais para impressão, mas ao longo da revisão das provas fez alterações extensas no material até sua primeira publicação em 26 de julho de 1928, impressa na gráfica de Eugênio Cúpolo. Neste ínterim, alguns excertos foram publicados em revistas com fins de divulgação. Para a edição de 1937 faria novas modificações importantes.
Em 1945 a editora Martins Livreiro fez outra edição, incluída nas Obras Completas, que devia contar com novas emendas ao texto, mas o autor já estava adoentado e a revisão da obra foi apressada e deficiente, passando muitos erros e alterações injustificáveis, especialmente nas expressões linguísticas, em função das novas normas introduzidas com a Reforma Ortográfica de 1943. Esta edição foi autorizada por Mário e gerou uma longa tradição editorial, mas segundo Telê Lopez, coordenadora de uma importante edição crítica, em muitos aspectos é insatisfatória, desfigura algumas das suas principais qualidades e não pode ser tida como um texto-base para estudos especializados.
FONTE : Wikipédia

1 Resposta

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Clara

Alternativa (c)

Alternativa “C”. Nos fragmentos II e III, podemos perceber a preocupação de Mário de Andrade com a linguagem, apresentando o que ele chamava de “língua brasileira”, utilizando termos como senvergonhice e mexemexendo por acreditar que era assim que o brasileiro pronunciava essas palavras. Com a falta de ânimo como estilo de vida adotado.

Como por exemplo, Macunaíma tinha preguiça, só falar 7 anos.

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