Então não pude mais. O plano se formou em mim instantaneamente...

Então não pude mais. O plano se formou em mim instantaneamente cheio de paixão. Mas, como boa realizadora que eu era. raciocinei friamente
com minha amiguinha, explicando-lhe qual seria o seu papel: vigiar as janelas
da casa ou a aproximação ainda possível do jardineiro vigiar os transeuntes
raros na rua. Enquanto isso, entreabn lentamente o portão de grades um pouco
enferrujadas, contando já com o leve rangido. Entreabri somente o bastante
para que meu esguio corpo de menina pudesse passar. E pé ante pé, mas
veloz, andava pelos pedregulhos que rodeavam os canteiros. Até chegar a rosa
foi um século de coração batendo.
Eis-me afinal diante dela. Paro um instante perigosamente porque de
perto ela ainda é mais linda. Finalmente começo a The quebrar o telo
arranhando-me com os espinhos, e chupando o sangue des dedos.
E, de repente ei-la toda na minha mão. A corrida de volta ao portão
tinha também de ser sem barulho. Pelo portão que deixara entreaberto passei
segurando a rosa. E então nós duas pálidas, eu e a rosa, corremos literalmente
para longe da casa.
LISPECTOR, Clarice. Cem anos de perdão. In: Paa Gostas de Le-comos. 5. ed. São Paulo F. 1991. 9
COMPREENDENDO O TEXTO III
1) No conto, como a narradora fala sobre o ato de furtar flores. É um roubo ou
uma brincadeira de criança?
2) Quando ela diz "no meio do meu silêncio da rosa", ela cria um clima de
cumplicidade entre as duas.
Para você, o silêncio da rosa tem algum significado?
3)Transcreva do texto a descrição que a autora faz:
a)dos palacetes
b)da rosa​

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