De Loyola Brandão: as.Uma vez, em São Paulo, morei numa rua qu...

De Loyola Brandão: as.
Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível.
Na época da floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum,
ficava sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos
envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos
desta cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava lentamente
até que amanheceu inerte, sem folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no
bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e
técnico concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da rua, que
tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma
s manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até
om calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados:
e.
a minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas.
1)narrador:
2)espaço.:
3)enredo:
4)clímax:
5)desfecho:​