Como era o nordeste nos anos de 1930 e 40
Como era o nordeste nos anos de 1930 e 40
1 Resposta
Realidade, registrado, por exemplo, na música e nas festas populares.
As autoridades do governo percebiam a importância e a penetração dessas associações populares, como as escolas de samba, por exemplo, e por isso se interessavam pela sua “organização”. O prefeito do Distrito Federal, Pedro Ernesto, distribuía verbas a todas as associações carnavalescas, desde que elas atendessem a algumas exigências: uma era adotar nomes julgados mais apropriados pelas autoridades, outra escolher temas de caráter patriótico e ufanista ou de incentivo ao trabalho.
A crise da economia agroexportadora nos anos 30 abalou o poder das classes proprietárias, mas, como as crises anteriores, tornou a favorecer o aumento da produção industrial nacional por meio do mecanismo de substituição de importações: diante das dificuldades de importação, novas fábricas foram criadas e as antigas passaram a empregar toda a capacidade produtiva. Entre 1933 e 1939, a indústria nacional cresceu 11,3%, contrastando com a agricultura, cuja produção aumentou apenas 1,7%. Este crescimento foi apoiado pelo Estado, que passou a desempenhar, cada vez mais, dois papéis econômicos: o primeiro de agente regulador da acumulação de capital, através da intervenção no sistema de crédito, da política cambial, do controle de preços, da política tributária, fiscal e salarial. O segundo, de produtor direto em setores básicos da produção, como aço e minério de ferro, através da criação de empresas próprias.
A crescente intervenção estatal na economia devia-se a uma combinação de fatores. O primeiro deles, decorrente da crise que o país atravessava, era a ausência de hegemonia política de qualquer classe ou fração de classe sobre as demais. O Estado podia então intervir como "árbitro” dos interesses em jogo, regulando a repartição de favores e lucros entre as classes dominantes. Através da política cambial, por exemplo, o Estado selecionava as importações, restringindo as supérfluas e favorecendo a entrada de combustíveis, máquinas e equipamentos de transporte. Já a política financeira favorecia a concessão de crédito à indústria através dos bancos.
Um segundo fator era a crise internacional e o conseqüente déficit da balança comercial, que reduziam a capacidade do país para importar as máquinas, equipamentos e matérias primas básicas que alimentavam a incipiente indústria nacional. Os investimentos neste setor também exigiam a intervenção estatal.
A industrialização era sempre associada, pelo Governo e por grupos nacionalistas do Exercito à segurança nacional e ao desenvolvimento econômico. Forjava-se, assim, de cima para baixo, sem a participação ativa do povo, uma ideologia nacionalista, porém de um nacionalismo pragmático, que só prevalecia em certas circunstâncias. O Estado Novo não chegou a formular uma política nacionalista firme e coerente. Em 1934, por exemplo, o Governo havia criado os códigos de Água e de Minas, nacionalizando a exploração dos recursos hidrelétricos e minerais, mas, na prática, o Governo do Estado Novo não interveio nas atividades das empresas estrangeiras.
O mesmo pragmatismo se dava em relação à política externa. O Governo soube explorar as rivalidades entre a Alemanha e os Estados Unidos, obtendo o financiamento para a Companhia Siderúrgica Nacional -CSN, por exemplo, mas nem assim a dependência foi rompida: pelo contrato de financiamento, o Governo brasileiro era obrigado a importar equipamentos e técnicos dos Estados Unidos, de quem, aliás, continuava dependendo para a venda da maior parte do café exportado.
Também na política do petróleo houve hesitação. Em 1938, foi criado o Conselho Nacional de Petróleo, objetivando reduzir a dependência de combustíveis, nacionalizando-se a exploração e o refino. Pressões externas, além da escassez de recursos, impossibilitaram, porém, a criação de uma grande refinaria, que só foi ser construída na década de 50.
Na década de 30 o Governo fez freqüente emissões para sustentar as economias exportadoras e arcar com os elevados gastos públicos.
As autoridades do governo percebiam a importância e a penetração dessas associações populares, como as escolas de samba, por exemplo, e por isso se interessavam pela sua “organização”. O prefeito do Distrito Federal, Pedro Ernesto, distribuía verbas a todas as associações carnavalescas, desde que elas atendessem a algumas exigências: uma era adotar nomes julgados mais apropriados pelas autoridades, outra escolher temas de caráter patriótico e ufanista ou de incentivo ao trabalho.
A crise da economia agroexportadora nos anos 30 abalou o poder das classes proprietárias, mas, como as crises anteriores, tornou a favorecer o aumento da produção industrial nacional por meio do mecanismo de substituição de importações: diante das dificuldades de importação, novas fábricas foram criadas e as antigas passaram a empregar toda a capacidade produtiva. Entre 1933 e 1939, a indústria nacional cresceu 11,3%, contrastando com a agricultura, cuja produção aumentou apenas 1,7%. Este crescimento foi apoiado pelo Estado, que passou a desempenhar, cada vez mais, dois papéis econômicos: o primeiro de agente regulador da acumulação de capital, através da intervenção no sistema de crédito, da política cambial, do controle de preços, da política tributária, fiscal e salarial. O segundo, de produtor direto em setores básicos da produção, como aço e minério de ferro, através da criação de empresas próprias.
A crescente intervenção estatal na economia devia-se a uma combinação de fatores. O primeiro deles, decorrente da crise que o país atravessava, era a ausência de hegemonia política de qualquer classe ou fração de classe sobre as demais. O Estado podia então intervir como "árbitro” dos interesses em jogo, regulando a repartição de favores e lucros entre as classes dominantes. Através da política cambial, por exemplo, o Estado selecionava as importações, restringindo as supérfluas e favorecendo a entrada de combustíveis, máquinas e equipamentos de transporte. Já a política financeira favorecia a concessão de crédito à indústria através dos bancos.
Um segundo fator era a crise internacional e o conseqüente déficit da balança comercial, que reduziam a capacidade do país para importar as máquinas, equipamentos e matérias primas básicas que alimentavam a incipiente indústria nacional. Os investimentos neste setor também exigiam a intervenção estatal.
A industrialização era sempre associada, pelo Governo e por grupos nacionalistas do Exercito à segurança nacional e ao desenvolvimento econômico. Forjava-se, assim, de cima para baixo, sem a participação ativa do povo, uma ideologia nacionalista, porém de um nacionalismo pragmático, que só prevalecia em certas circunstâncias. O Estado Novo não chegou a formular uma política nacionalista firme e coerente. Em 1934, por exemplo, o Governo havia criado os códigos de Água e de Minas, nacionalizando a exploração dos recursos hidrelétricos e minerais, mas, na prática, o Governo do Estado Novo não interveio nas atividades das empresas estrangeiras.
O mesmo pragmatismo se dava em relação à política externa. O Governo soube explorar as rivalidades entre a Alemanha e os Estados Unidos, obtendo o financiamento para a Companhia Siderúrgica Nacional -CSN, por exemplo, mas nem assim a dependência foi rompida: pelo contrato de financiamento, o Governo brasileiro era obrigado a importar equipamentos e técnicos dos Estados Unidos, de quem, aliás, continuava dependendo para a venda da maior parte do café exportado.
Também na política do petróleo houve hesitação. Em 1938, foi criado o Conselho Nacional de Petróleo, objetivando reduzir a dependência de combustíveis, nacionalizando-se a exploração e o refino. Pressões externas, além da escassez de recursos, impossibilitaram, porém, a criação de uma grande refinaria, que só foi ser construída na década de 50.
Na década de 30 o Governo fez freqüente emissões para sustentar as economias exportadoras e arcar com os elevados gastos públicos.
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