Através de muitos espelhos - Três edições comemoram os 150 ano...
Não é por acaso que a citação do Google Scholar é uma referência a Sir Isaac Newton: “Se eu vi mais longe, foi por estar sobre ombros de gigantes”. Precisamos desses gigantes. Precisamos dos clássicos.
Na época do Império Romano, clássico era tudo aquilo digno de ser copiado e que resiste ao tempo. Acho esse conceito divertido por dois motivos: primeiro por causa da ideia pouco familiar de que mesmo Roma Antiga tinha um antes, um “clássico” e segundo porque isso é tão enraizado em nossa cultura que baseamos a internet inteira nisso (quanto mais ocorrências, ou seja, quanto mais cópias, maior relevância). Eles se referiam à Grécia Antiga, é claro, mas essa ideia pode ser traçada até o Egito e seus artistas copistas.
Essa noção de clássico tem um problema: é dominadora, branca e masculina. Clássico é também uma forma de imposição de valores. É o conquistador dizendo ao conquistado o que ele deve ou não considerar como Cultura. É bom por ser um clássico? Não necessariamente. Um dos historiadores da arte mais respeitados internacionalmente, Sir Ernst Gombrich, só para citar um exemplo, é criticado justamente por sequer falar de arte africana depois do Egito Antigo e por reduzir o Islã e a China, juntos, a um único breve capítulo. Da mesma forma, artistas mulheres são raramente mencionadas em seu best seller. Portanto, se estou partindo da ideia de clássico e estou inserida em uma cultura ocidental, você já pode rapidamente se transportar geograficamente para a Europa, convivendo com ou pertencendo à classe dominante.
Imagine que você está em um agradável passeio de barco pelo rio Tâmisa e três meninas entediadas precisam ser entretidas antes da invenção do smart phone. Se fosse eu, certamente levaria uma bronca e ficaria quieta. Sendo as filhas do vice-chanceler da Universidade de Oxford (que na ocasião ainda se chamava Christ Church College) e diretor da escola de Westminster, com certeza seria mais fácil conseguir alguém para lhes contar uma boa estória. As irmãs Lorina Charlotte, Edith Mary e Alice Pleasance Liddell, filhas de Henry George Liddell, em 4 de julho de 1862, ouviram de Charles Lutwidge Dodgson (mais conhecido por Lewis Carroll e que, na época, trabalhava em Oxford e já era amigo da família) a estória de uma menina chamada Alice. A estória precisava ser boa. E era. Um clássico.
[..]
Através de muitos espelhos. VIGNA, Carolina. Disponível em:
. Acesso em 11 set. 2020.
1.Para entender a situação de produção do texto , responda de acordo com os elementos solicitados.
a)autora:
b) público-alvo:
c)objeto de análise:
d) suporte (local ou veículo de circulação):
e) momento de produção do ensaio:
f) objetivo da autora do texto:
2.Qual é a importância da identificação da autora no ensaio?
3."Bruno Bettelheim[...]diz que "a tarefa mais importante e também mais difícil na criação de uma criança é ajudá-la a encontrar significado na vida".
*Tenho cá minhas dúvidas se isso é verdade apenas para crianças, mas vamos prosseguir."
O que podemos entender com o trecho destacado?
1 Resposta
1- a) estabelece uma relação de CONTRASTE entre as orações.
2- d) estabelece uma relação de COMPARAÇÃO entre as orações.
Explicação:
1- A conjunção “MAS” estabelece uma relação de CONTRASTE entre as orações: “[...] ele não é obrigado a gostar, MAS precisa conhecer [...]”.
2- A expressão em destaque estabelece uma relação de COMPARAÇÃO entre a oração “[...] artistas mulheres são raramente mencionadas em seu best seller” e as orações anteriores.
Respostas do dia 27/05/2021
Ciências | 9º Ano | Aula 6 | 1- A 2- C
Ed. Física | 9º Ano | Aula 4 | 1- B 2- B
História | 9º Ano | Aula 7 | 1- A 2- C
Português | 9º Ano | Aula 11 | 1- A 2- D
Matemática | 9º Ano | Aula 11 | 1- C 2- A
Espero ter ajudado <3
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