A rigor, se cometéssemos para com a publicidade o ingênuo extr...
A rigor, se cometéssemos para com a publicidade o ingênuo extremismo de acreditar plenamente no seu discurso, teriamos à nossa frente a mais desvairade das utopias. A sua eficiência, elevada ao absurdo, consistiria em fazer com que o consumidor, ao consumir um produto, incorporasse à sua percepção sensorial um deleite Sublime, um estado nirvânico, um gozo celetial/ A se ressalvar e a se ressaltar, porém, a defasagem entre a promessa publicitária e o real preenchimento proporcionado pelos bens de consumo, conclui-se tristemente que o saldo é bastante negativo: a felicidade prometida é muito fugaz e o retorno ao abismo da lacuna primordial - da consciência da finitude é ainda maior, uma vez que a busca do sublime esteve exacerbada por estímulos fantasiosos. Cada vez que o paraíso é prometido, represema-se (ritualiza-se) o drama do retorno. Cada vez que esse retorno é frustrado, dramatiza-se, outra vez, o mito da queda.
A promessa de preenchimento dá lugar so vazio. Existencia e angústia retornam à sua condição de paralelisme. Compreende-se então o quanto a retórica publicitária era irreal, sublimadora. E uma leitura literalizante desse discurso delirante coloca-se de imediato lidando com uma elaboração profundamente onirica. Literalmente, a publicidade é uma fábrica de sonhos. (Extraido de A promessa do paraíso já, Luís Martins, Humanidades, Ano IV, 1987/88, n°15, p. 110/111)
Uma leitura errada do texto levaria a afirmar que:
a) Interpretar literalmente o discurso publicitário é uma atitude ingenua
b) A publicidade elabora um cenário onírico para os objetos da sociedade industrial.
c) O discurso publicitário é formulado com mensagens que se sustentam no principio do prazer.
d) A felicidade prometida nas propagandas dá ao homem a consciência de sua finitude. e) Está incorporado à publicidade o componente mitico de
retorno ao paraiso.
A promessa de preenchimento dá lugar so vazio. Existencia e angústia retornam à sua condição de paralelisme. Compreende-se então o quanto a retórica publicitária era irreal, sublimadora. E uma leitura literalizante desse discurso delirante coloca-se de imediato lidando com uma elaboração profundamente onirica. Literalmente, a publicidade é uma fábrica de sonhos. (Extraido de A promessa do paraíso já, Luís Martins, Humanidades, Ano IV, 1987/88, n°15, p. 110/111)
Uma leitura errada do texto levaria a afirmar que:
a) Interpretar literalmente o discurso publicitário é uma atitude ingenua
b) A publicidade elabora um cenário onírico para os objetos da sociedade industrial.
c) O discurso publicitário é formulado com mensagens que se sustentam no principio do prazer.
d) A felicidade prometida nas propagandas dá ao homem a consciência de sua finitude. e) Está incorporado à publicidade o componente mitico de
retorno ao paraiso.
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