1ª Questão MEIO-DIA E MEIAAcho muito simpática a maneira de a...

1ª Questão MEIO-DIA E MEIA
Acho muito simpática a maneira de a Rádio Jornal do Brasil anunciar a hora: “onze e meia” no lugar de “vinte e três e trinta”, “um quarto para as cinco” em vez de “dezesseis e quarenta e cinco”. Mas confesso minha implicância com aquele “meio-dia e meia”.
Sei que “meio-dia e meio” está errado; “meio” se refere à hora e tem de ficar no feminino. Sim, “meio-dia e meia” está certo. Mas a língua é como a mulher de César: não lhe basta ser honesta, convém que o pareça. Aquele “meia” me dá ideia de teste de colégio para pegar estudante distraído. Para que fazer da nossa língua um alçapão?
Lembrando um conselho que me deu certa vez um amigo boêmio quando lhe perguntei se certa frase estava certa (“olhe, Rubem, faça como eu, não tope parada com a gramática: dê uma voltinha e diga a mesma coisa de outro jeito”), eu preferiria dizer “doze e meia” ou “meio-dia e trinta”, sem nenhuma afetação. Aliás a língua da gente não tem apenas regras: tem um espírito, um jeito, uma pequena alma que aquele “meio-dia e meia” faz sofrer. E, ainda que seja errado, gosto da moça que diz: “Estou meia triste...” Aí, sim, pelo gênio da língua, o “meia” está certo.
(Rubem Braga)

Pode-se deduzir, de acordo com o autor, em se tratando de Concordância Nominal que:
a) até construções corretas podem ferir o “espírito” da língua.
b) fatores de ordem afetiva devem ser desprezados no manuseio da língua.
c) a gramática tortura o falante com constantes “pegadinhas”.
d) as preocupações gramaticais devem estar circunscritas ao âmbito escolar.
e) a norma gramatical mostra-se inútil para a eficiência da comunicação.

2ª Questão
Marque a opção em que a concordância nominal foi feita inadequadamente.
a) Ela agradeceu, obrigada! Sua dedicação foi primordial.
b) Todos comeram meio bolo. A sobra distribuí entre os funcionários.
c) Foi necessária paciência de um monge para resolver o problema.
d) Esta verdura é boa para a saúde.
e) Eles disseram bastantes vezes que estão bastante preocupados.

3ª Questão
CAPÍTULO XXIX
O IMPERADOR
Em caminho, encontramos o imperador, que vinha da Escola de Medicina. O ônibus em que íamos parou, como todos os veículos; os passageiros desceram à rua e tiraram o chapéu, até que o coche imperial passasse. Quando tornei ao meu lugar, trazia uma ideia fantástica, a ideia de ir ter com o imperador, contar-lhe tudo e pedir-lhe a intervenção. Não confiaria esta ideia a Capitu. “Sua Majestade pedindo, mamãe cede”, pensei comigo.
(Machado de Assis, Dom Casmurro.)
No fragmento: “...os passageiros desceram à rua e tiraram o chapéu...”, o acento indicativo de crase foi utilizado ;
a) porque está diante de uma palavra feminina “rua”.
b) porque a expressão “à rua”, é uma expressão feminina.
c) porque quem vai à rua volta da rua.
d) porque é uma locução adverbial feminina de lugar
e) porque está indicando um tempo pelo contexto.

4ª Questão
Observe as frases abaixo e marque a única alternativa em que a concordância pode ser feita com os dois elementos entre parênteses .
a)É um bom negócio colecionar revistas e foto . (antigos / antigas)
b) Depois da reforma a sala e o quarto ficaram mais. ( espaçosa/ espaçosos)
c)Eles fizeram texto e cartão . (impróprio/impróprios)
d)Na construção de Brasília, o arquiteto Oscar Niemeyer empregou conceitos e ideias nos projetos de edifícios da nova capital. (inovadoras/inovadores)
e) Os astrônomos empregam tecnologias e radiotelescópios em busca de sinais de vidas extraterrestre. (sofisticados/ sofisticadas)
5ª Questão

No primeiro balão, na fala da personagem “ Eu tenho um gato e um cachorro branco”, a concordância está correta porquê:
a) a concordância foi feita com a palavra “gato”
b) a concordância foi feita com a palavra mais próxima
c) a concordância foi feita com um pronome.
d) a concordância foi feita com os dois substantivos
e) a concordância foi feita com o artigo “um”