Qual a relação entre a origem da propriedade privada e a orige...

Qual a relação entre a origem da propriedade privada e a origem da desigualdade social

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Elen

Limitava-se esse homem “primitivo” à coleta para sua subsistência diária, a noção que possuía sobre a vida limitava-se somente ao presente, o momento instantâneo, as necessidades instantâneas. As relações interpessoais limitavam-se somente a época de reprodução e não tinham qualquer continuidade após esse período.

Alguns indivíduos, tendo em vista razões de maximização de sua própria subsistência, aprofundaram esse inter-relacionamento efêmero. De inicio, aos pares e, basicamente, limitavam-se a gestos para comunicarem-se. Com a inclusão de mais membros ao grupo, surge a necessidade do desenvolvimento de uma outra forma de comunicação entre os componentes do grupo, desenvolveu-se a necessidade de se aprimorar a forma de interação entre os componentes dessa determinada comunidade.

Surge então a linguagem como forma de conexão, pela simples justificativa de que a mera interposição física do corpo de um componentes do grupo, obscurecendo a visão de um terceiro, impossibilita a comunicação entre eles o que representaria um risco aos componentes.

Em virtude desse agrupamento e com o surgimento da linguagem, e com isso o aprimoramentodas relações interpessoais existentes, torna-se possível compartilhar sentimentos e experiências pessoais, aproximando o convívio entre os indivíduos surgindo então formas de relacionamento interpessoais mais  profundas - o embrião do que se tornaria mais tarde a comunidade.

Com uma maior organização, alguns grupos abandonaram a vida nômade coletora e fixaram-se de maneira permanente em determinadas áreas, delimitando o espaço físico que passariam a ocupar. O grupo toma como de sua propriedade determinada área e nela restringe fisicamente o acesso de estranhos. Até então, o homem era plenamente livre, podia caminhar de maneira irrestrita sobre o território.

A propriedade, até então coletiva e ilimitada, sob o ponto de vista da possibilidade de acesso irrestrito passa a sofrer uma limitação no sentido físico, ou seja, o individuo toma como sua uma determinada área, inicialmente com a finalidade de fixar ali seu grupo, neste caso, trabalharemos com a idéia de ser esta organização aprópria família, uma das primeiras formas primitivas de coletividade. A prole acompanhava a mãe, numa organização matriarcal.

Surgem os primeiros traços de organização social com indivíduos incluídos e excluídos dentro do contexto de participação e de determinação social e com isso o produto da civilização humana, a cultura. Destes traços iniciais, surgem os primeiros padrões sociais, as primeiras regras a serem seguidas e com elas o Poder.

Segundo a tese defendida por Rousseau, o homemantes do desenvolvimento desse tipo de organização social era plenamente dotado de bondade (o homem inicialmente seria bom e a sociedade ao imprimir seus valores, ao educá-lo o corromperia). Indo além, ele vincula essa bondade original com a compaixão humana (“com” “paixão” - no sentido de paixão de todos, amor de todos). Este seria o sentimento de maior importância que poderia aflorar em um individuo inserido no seio de umacomunidade, esta aindaem seu desenvolvimentoinicial onde praticamente não existiam desiguais, tomadas pela concepção civil de desigualdades, ou seja, que surgem no decurso da organização humana, em contrapartida das desigualdades físicas inerentes e inexoráveis a cada. O homem então concebido como o “Bom Selvagem” dotado de extrema “compaixão” e naturalmente bom.

Com o surgimento desses primeiros padrões sociais e com um melhor desenvolvimento da linguagem, a aproximação dos indivíduos torna-se ainda mais coesa, legitimam estes o Poder emanado de sua própria organização social, legitimando este o surgimentodos primeiros traços de desigualdades entre os homens (em razão da propriedade) e a continuidade desse sistema pela transmissão desse “status quo”.

A linguagem, produto da cultura humana, antes desenvolvida em virtude da necessidade de maior e melhor interação entre os indivíduos, de sobrevivência, torna-se instrumento de dominação e alienação, inclusive de exclusão. Quem não interpreta o símbolo deverá ser dominado, fica à margem, alienado. Surge a tradição fixando os primeiros costumes.

Começa aqui o universo simbólico e a projeção metafísica do “ter” e do “ser”, posteriormente trabalhado pelos filósofos gregos e em especial, destacamos Aristóteles[1], que em sus obras destacava a importância de se valorar muito mais o “ser”, ou seja, o individuo enquanto pessoa humana numa concepção muito mais humanista do que em contrapartida a uma concepção mais materialista cuja primazia de dá a outros fatores extra-humanos, como por exemplo, o poder ou as próprias coisas materiais e si.[2]

Em contrapartida a esse “Bom Selvagem”, que vivia em plena harmonia com o estado de natureza, dotado de compaixão, surge no individuo um sentimento muito grande de amor próprio. O percursor de um individualismo 


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