Quais as semelhanças existentes nas ditaduras militares?

É inevitável ver os acontecimentos recentes e não pensar em como a história se repete. Como tragédia. E como farsa. Vivemos um momento de polaridade ideológica, de grande mobilização social e participação nas ruas, de ameaças militares, de perda de direitos, de disputa de narrativa.

O mais surpreendente é que muitos dos personagens de 1964 e 2018 se repetem. A grande mídia — Globo, Estadão, Folha — já vociferavam para manter seus privilégios e agiam como moralistas da sociedade. O líder popular de esquerda que arrasta multidões e que ameaça(va) a elite. E, assim como na década de 60, há quem defenda que as balas devem calá-lo e não o voto democrático. Os grandes empresários e ruralistas se posicionando contra avanços sociais, pedindo menos direitos e financiando campanhas reacionárias. A incapacidade de diálogo entre um lado e outro. Militares ameaçando a democracia para o bem maior e para estancar a sangria. Um governo que chegou ao poder por golpe.

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