Para quem eram feitos os livros no império de Carlos Magno?
1 Resposta
or meio das suas conquistas no estrangeiro e de suas reformas internas, Carlos Magno ajudou a definir a Europa Ocidental e a Idade Média na Europa. Ele é chamado de Carlos I nas listas reais da Alemanha (como Karl), na França (como Charles) e do Sacro Império Romano-Germânico.[5] Ele era filho do rei Pepino, o Breve e de Berta de Laon, uma rainha franca. Carlos reinou primeiro em conjunto com seu irmão Carlomano, sendo a relação entre os dois o tema de um caloroso debate entre os cronistas contemporâneos e os historiadores.[6]
Monarca guerreiro, expandiu o Reino Franco através de uma série de campanhas militares, em particular contra os saxões pagãos cuja submissão foi bastante difícil e muito violenta (772-804), mas também contra os lombardos em Itália e os muçulmanos da Península Ibérica, até que este se tornou o Império Carolíngio, que incorporou a maior parte da Europa Ocidental e Central. Durante o seu reinado, ele conquistou o Reino Itálico.
Posteriormente, o exército de Carlos, em retirada, sofreu a sua pior derrota nas mãos dos bascos na Batalha de Roncesvales (778) (eternizada A Canção de Rolando, de teor fortemente fictício). Ele também realizou campanhas contra os povos a leste, principalmente os saxões e, após uma longa guerra, subjugou-os ao seu comando. Ao cristianizar à força os saxões e banindo, sob pena de morte, o paganismo germânico, ele os integrou ao seu reino e pavimentou o caminho que levaria à futura dinastia Otoniana.
Soberano reformador, preocupado com a ortodoxia religiosa e cultura, ele protegeu as artes e as letras. O seu reinado também está associado com a chamada Renascença carolíngia, um renascimento das artes, religião e cultura por meio da Igreja Católica.
O seu trabalho político imediato, o império, não lhe sobrevive, no entanto, por muito tempo. Em conformidade com o costume sucessório germânico, Carlos Magno promove a partir de 806 a partilha do império entre os seus três filhos.[7] Após numerosas peripécias, o império acabará finalmente partilhado em entre três dos seus netos (Tratado de Verdun).
A fragmentação feudal dos séculos seguintes, mais a formação na Europa de Estado-nações rivais, condenaram à impotência aqueles que tentaram explicitamente restaurar o império universal de Carlos Magno, em particular os governantes do Sacro Império Romano-Germânico, como Otão I em 962 e Carlos V no século XVI, e até mesmo Napoleão Bonaparte, perseguido pelo exemplo dos mais eminentes dos Carolíngios.[8]
As monarquias francesa e alemã descendentes do império governado por Carlos Magno na forma do Sacro Império Romano-Germânico cobriam a maior parte da Europa.[9][10][11][12]
A figura de Carlos Magno foi objeto de discórdia na Europa, incluindo a questão política entre os séculos XII e XIX entre a nação germânica, que considera o Sacro Império Romano-Germânico como o sucessor legítimo do imperador carolíngio, e a nação francesa, que é de facto um elemento central da continuidade dinástica dos Capetianos.
Os dois principais textos do século IX que retratam o Carlos Magno real, a Vida de Carlos Magno, de Eginhardo, e a "Gesta Karoli Magni", atribuída a um monge da Abadia de São Galo chamado Notker, igualam as lendas e mitos enumerados nos séculos seguintes: "Há o Carlos Magno da sociedade vassálica e feudal, o Carlos Magno da Cruzada e da Reconquista, o Carlos Magno inventor da Coroa de França ou da Coroa Imperial, o Carlos Magno mal canonizado, mas tido como verdadeiro santo da igreja, o Carlos Magno da boa escola".[13]
Em seu discurso de aceitação do Prêmio Carlos Magno, o papa João Paulo II se referiu a ele como Pater Europae ("Pai da Europa")"[...] seu império uniu a maior parte da Europa Ocidental pela primeira vez desde os romanos e a Renascença carolíngia encorajou a formação de uma identidade europeia comum".[14][15]
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