O paradoxo aparente do absolutismo na Europa ocidental era que...

O paradoxo aparente do absolutismo na Europa ocidental era que ele representava fundamentalmente um aparelho de proteção da propriedade dos privilégios aristocráticos, embora, ao mesmo tempo, os meios pelos quais tal proteção era concedida pudessem assegurar simultaneamente os interesses básicos das classes mercantis e manufatureiras nascentes. Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição tradicional. Nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e menos ainda um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada.” (Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. p. 18 e 39. Adaptado). Com base no texto e seus conhecimentos, podemos inferir sobre o Estado absolutista que * a) nasceu da aliança rei e burguesia, possuindo esta última o poder econômico, mas não político. b) nasceu da aliança rei e nobreza, possuindo esta última o poder econômico, mas não político. c) nasceu para assegurar única e exclusivamente a manutenção dos poderes e privilégios das classes mercantis e manufatureiras nascentes. d) constitui-se no aparelho de proteção exclusivo da nobreza e clero, que mantinham seus poderes econômico e social, despossuídos de poder político, estando este nas mãos da burguesia. e) constitui-se em um aparelho de dominação das massas camponesas, que através deste construiu um Estado voltado à atender seus interesses como o acesso à terra, o controle econômico e fundamentalmente político.