O escravo na economia açucareira Implantada a princípio nas pl...

O escravo na economia açucareira Implantada a princípio nas planícies costeiras da colônia, a lavoura açucareira rendeu a Portugal um montante que jamais seria alcançado durante todo o percurso colonial do Brasil. Até mesmo a rica mineração, desenvolvida na região das Minas, não superaria as divisas geradas por meio da comercialização do considerado “ouro branco” americano.
Na porção litorânea, sobretudo do Nordeste, as condições de solo e de clima foram extremamente favoráveis ao desenvolvimento da cana-de-açúcar, com temperaturas mais elevadas além do rico solo de massapê. Na Europa, a demanda pelo produto era crescente e o prévio acúmulo de riquezas gerado por meio do comércio internacional de especiarias propiciara frutíferos investimentos nesta área.
Em todo o processo de produção, da plantação das mudas até o encaixotamento do açúcar destinado especialmente a Europa, o trabalho fora realizado por escravos. Se num primeiro momento a escravização recaíra sobre os nativos da terra – os indígenas – mais baratos e facilmente capturados, com o tempo, acentuou-se a substituição destes por cativos de origem africana, acima de tudo, pelo fato do tráfico transatlântico proporcionar uma generosa arrecadação aos sujeitos envolvidos e, em consequência, à Coroa Portuguesa.
O trabalho realizado pelos escravos africanos nos engenhos de açúcar era árduo e insalubre. As jornadas eram longas e tornavam-se mais exaustivas à medida que se aproximava o período da colheita da cana, uma vez que as tarefas a serem cumpridas aumentavam. Por vezes, o trabalho era interrompido por morosas sessões de tortura e castigos físicos, como forma de dominação e punição por parte do senhor. Uma das técnicas mais utilizadas era encaminhar o escravo ao “tronco”, onde tinha sua cabeça e membros imobilizados e ali ficava por horas e inclusive dias, tornando-o incapaz até de se defender contra a perturbação de insetos. O desgaste era físico e, sobretudo, moral.
Os que apresentassem um comportamento tido como incorreto ou aqueles que tentassem fugir para quilombos eram, se recapturados, imediatamente alocados nas moendas ou fornalhas, onde as condições de trabalho eram mais perigosas e precárias. Muitos perdiam suas mãos e braços nas moendas. Normalmente, ao lado destas, ficavam dependurados machados, utilizados pelos feitores para rapidamente decepar o braço preso de alguém, evitando, desta maneira, que o corpo todo fosse tragado pelas engrenagens.
Habitavam a chamada senzala, uma espécie de alojamento geralmente feita de barro, onde se acomodavam e se incomodavam os escravos. Não havia divisões internas e em algumas inexistiam janelas, o que criava um ambiente propício a disseminação de doenças. Lá dentro, as pessoas ficavam amontoadas e acorrentadas, para evitar de se evadirem do local. Muito comum era a presença de um “pelourinho” diante da senzala, tronco ereto com amarras para as mãos, onde os cativos eram açoitados na frente de todos, para servirem de exemplo a não ser seguido.
É habitual se pensar que, diante deste quadro hostil, marcado pela violência e opressão, os escravos se mantiveram conformados com sua difícil situação. Contudo, é válido ressaltar que muitas foram as revoltas, as negociações, as fugas, os sequestros realizados por esta gente, demonstrando que a sujeição do homem pelo homem é acompanhada, antes de tudo, da resistência.
4) Fale sobre os motivos e a região do Brasil em que se desenvolveu a economia da cana de açúcar no período colonial. *
5) Quais foram os motivos da adoção sistemática da mão de obra de africanos escravizados? *
6) Como os africanos resistiram ao brutal sistema escravista? *
7) “Podemos dar conta boa e certa que em quarenta anos, pela tirania e ações diabólicas dos espanhóis, morreram injustamente mais de doze milhões de pessoas…” (Bartolomé de Las Casas, 1474 – 1566)
“A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem.” (Pablo Neruda, 1904 – 1973)

1 Resposta

Ver resposta
Yarawaneska

Explicação: Visto que a escravização indígena não deu certo os portugueses buscaram outras fontes de lucro uma dessas fontes foi a escravização dos africanos quando chegaram aqui tiveram que trabalhar  no processo árduo da produção açucareira colhiam , colocava na moenda , cozinhavam etc   era um trabalho que exigia muito deles  trabalhavam de sol a sol se alimentavam mal e se não cumprissem as metas dadas pelo seu senhor eram açoitados  , deixados sem alimento e até mesmo mortos

Sua resposta
Ok

Mais perguntas de História





















Toda Materia
Toda Materia
Toda Materia

Você tem alguma dúvida?

Faça sua pergunta e receba a resposta de outros estudantes.

Escola Educação