3)leia com anteção um trecho da carta escrita em 1526 pelo rei...

Como você não colocou o trecho, achei este aqui na net e acho que seja ele que você quer:

"Dia a dia, os traficantes estão raptando nosso povo – crianças deste país, filhos de nobres e vassalos, até mesmo pessoas de nossa própria família. (...) Essa forma de corrupção e vício está tão difundida que nossa terra acha-se completamente despovoada. (...) É nosso desejo que este reino não seja um lugar de tráfico ou de transporte de escravos."

Acredito que a conclusão esteja relacionada à injustiça da escravidão e da captura de negros para servirem de escravos.
A carta mostra que já em 1526 a escravidão estava em alta e o rei do Congo já a estava condenando como "corrupta" e "vício". Uma indignação frente ao mercado escravo.
Mas repare como há uma certa diferenciação quando ele diz "até mesmo pessoas de nossa própria família", quer dizer, há certa indignação quando são crianças plebéias, mas há indignação maior quando são da realeza. A nobreza parece ser mais importante...

Mas, porque ele enviou esta carta ao rei de Portugal? Por volta de meio século antes, Portugal havia conhecido o reino do Congo e estabelecido comércio com esse povo. Um dos interesses de Portugal era justamente a mão de obra escrava, enquanto o Congo estava interessado em tecnologia militar. Não era, necessariamente, uma frota portuguesa que ia lá "sequestrar" os habitantes... existia um comércio, muito conhecido entre várias tribos, onde uma perseguia e escravizava outra e os portugueses se aproveitavam deste comércio já existente, até então, sob conhecimento do reino do Congo.
Note que o Congo (assim como a África como um todo) não era formado por um único povo, eles se diferenciavam em etnias (assim como os índios americanos), e essas etnias travavam batalhas entre si (também como os índios americanos); os perdedores das batalhas poderiam se tornar escravos.
Para os reis africanos, se aliar ao reino português em troca de tecnologia militar soava como uma boa estratégia para consolidar seu poder frente os vários povos existentes no seu reino.
Interessante, o trecho acima surgir justamente de um representante desta cultura, num tempo onde escravidão não tinha o peso moral que tem hoje. Merece atenção para entender melhor o objetivo estratégico deste rei, mas talvez tenha sido um pedido sincero, ao reino de Portugal, que parasse de usufruir do mercado de escravos negros, já que Portugal era um dos grandes compradores e só há comércio onde existe demanda.​