TEMA: Relação campo e cidade Leia o texto a seguir e, depois,...
TEMA: Relação campo e cidade Leia o texto a seguir e, depois, faça o que se pede.
[...]
Taxar a agricultura camponesa como agricultura extensiva é retirar da discussão geográfica os sujeitos
sociais historicamente constituídos por meio de lutas para garantir sua sobrevivência, sua luta contra a
expropriação promovida pelo capital e, acima de tudo, ignorar sua enorme capacidade produtiva emanada
por uma irracionalidade. Conforme dados atuais do Censo Agropecuário de 2006, a produção familiar no
Brasil é responsável por: 87% da produção de mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34%
do arroz, 58% do leite de vaca, 67% do leite de cabra, 59% dos suínos e 50% das aves. (IBGE, 2009)
[...]
Quando se analisa o campo brasileiro, penetrando na sua essência, logo percebemos a existência de
diversos atores sociais: camponeses proprietários, posseiros, camponeses assentados, trabalhador do
campo, boia-fria, capitalistas do campo, o capital multinacional, arrendatários, latifundiários, os movimentos
sociais de luta pela terra como é caso do MST. A questão conceitual não deve ser um simples crossword
puzzle, essas contradições, os conflitos sociais, dão a dinâmica na configuração dos territórios, isto porque
a territorialização é fruto das relações sociais travadas no interior das classes sociais que compõem o
capitalismo.
A agricultura camponesa além de ser produtiva e garantir as bases para a segurança alimentar de países
ricos e pobres, cumpre papel primordial no cenário mundial (automação industrial) atual por absorver uma
grande quantidade de mão de obra, além, é claro, do seu conteúdo de resistência expresso na luta para
permanecer na terra e para entrar na terra.
[...] A realidade agrária brasileira examinada a partir da sua essência demonstra a forte produtividade da
agricultura camponesa e, também, a sua grande capacidade de geração de empregos [...]. Não se trata de
uma mera questão moral de opção pela agricultura camponesa, mas de dar movimento à teoria, localizando
as classes sociais no debate teórico da questão agrária.
BEM, Anderson. O problema do emprego dos conceitos de agricultura extensiva e intensiva nos livros
didáticos de Geografia.
ATIVIDADES
1. Quais os dados do censo agropecuário de 2006 apresentados pelo texto que demonstram a
importância da agricultura familiar ou camponesa para a segurança alimentar?
2. Além da produção de alimentos, qual outro importante papel desempenhado pela agricultura
camponesa?
[...]
Taxar a agricultura camponesa como agricultura extensiva é retirar da discussão geográfica os sujeitos
sociais historicamente constituídos por meio de lutas para garantir sua sobrevivência, sua luta contra a
expropriação promovida pelo capital e, acima de tudo, ignorar sua enorme capacidade produtiva emanada
por uma irracionalidade. Conforme dados atuais do Censo Agropecuário de 2006, a produção familiar no
Brasil é responsável por: 87% da produção de mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34%
do arroz, 58% do leite de vaca, 67% do leite de cabra, 59% dos suínos e 50% das aves. (IBGE, 2009)
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Quando se analisa o campo brasileiro, penetrando na sua essência, logo percebemos a existência de
diversos atores sociais: camponeses proprietários, posseiros, camponeses assentados, trabalhador do
campo, boia-fria, capitalistas do campo, o capital multinacional, arrendatários, latifundiários, os movimentos
sociais de luta pela terra como é caso do MST. A questão conceitual não deve ser um simples crossword
puzzle, essas contradições, os conflitos sociais, dão a dinâmica na configuração dos territórios, isto porque
a territorialização é fruto das relações sociais travadas no interior das classes sociais que compõem o
capitalismo.
A agricultura camponesa além de ser produtiva e garantir as bases para a segurança alimentar de países
ricos e pobres, cumpre papel primordial no cenário mundial (automação industrial) atual por absorver uma
grande quantidade de mão de obra, além, é claro, do seu conteúdo de resistência expresso na luta para
permanecer na terra e para entrar na terra.
[...] A realidade agrária brasileira examinada a partir da sua essência demonstra a forte produtividade da
agricultura camponesa e, também, a sua grande capacidade de geração de empregos [...]. Não se trata de
uma mera questão moral de opção pela agricultura camponesa, mas de dar movimento à teoria, localizando
as classes sociais no debate teórico da questão agrária.
BEM, Anderson. O problema do emprego dos conceitos de agricultura extensiva e intensiva nos livros
didáticos de Geografia.
ATIVIDADES
1. Quais os dados do censo agropecuário de 2006 apresentados pelo texto que demonstram a
importância da agricultura familiar ou camponesa para a segurança alimentar?
2. Além da produção de alimentos, qual outro importante papel desempenhado pela agricultura
camponesa?
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multifuncionalidade da agricultura; assentamento rural; desenvolvimento rural
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