Por que os vazamentos e acidentes com a exploração do petróleo...

Por que os vazamentos e acidentes com a exploração do petróleo vem se intensificando na plataforma continental do sudeste? como mitigar tais acidentes? dê as principais reservas petrolíferas no brasil.

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neireoliveira

Entenda os riscos da exploração do petróleo

Principais perigos envolvem explosões, como a da BP no Golfo do México. Especialistas relembram desastres e como estragos foram controlados.

30/07/2010 07h37 - Atualizado em 30/07/2010 13h46

Por Ligia Guimarães

Do G1, em São Paulo



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 A exploração de petróleo é uma atividade cheia de riscos. Requer tarefas perigosas como perfurar rochas em regiões ultraprofundas, enfrentar pressões altíssimas e manipular volumes gigantescos de gás. (Veja a reportagem completa no vídeo ao lado)

O acidente que ocorreu em abril com a plataforma Deepwater Horizon, da petrolífera britânica BP, no Golfo do México, é um exemplo dos tipos de danos que qualquer erro no processo de perfuração das reservas do óleo podem causar.



Imagem da explosão na plataforma da BP, em abril.  (Foto: AFP)

O desastre matou 11 funcionários da empresa e causou graves prejuízos ambientais e econômicos na costa sul dos Estados Unidos, especialmente nos setores de pesca e turismo, além de abalar a popularidade do presidente Barack Obama e complicar as relações entre Washington e Londres. A BP tenta há meses, sem sucesso, estancar definitivamente o vazamento.

 O G1 consultou especialistas para saber quais são os perigos mais comuns e como a indústria de petróleo precisa agir em caso de emergências.

Poço 'reforçado'
O professor Ricardo Cabral de Azevedo, doutor do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Universidade de São Paulo (USP), compara a perfuração de um poço de petróleo à construção de um túnel: o caminho precisa estar pronto, reforçado e cimentado para que seja seguro o 'trânsito' de óleo por ali. Antes disso, qualquer fluido que entre no poço, como gás, detritos e o próprio petróleo é indesejado e representa risco para a exploração.

"Enquanto você está perfurando , está criando uma superfície rochosa em volta do poço que pode ser insegura", diz o professor.  "Então após perfurar cada trecho do poço, quando necessário, você desce um revestimento de aço para sustentar essa parede".

Os "invasores" mais perigosos nessa etapa da perfuração são o petróleo e o gás. "O mais perigoso é o gás, porque ele é muito leve, ele pode subir até a superfície", explica.

Tipos de acidente
Para o ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) David Zylbersztajn, a maior parte das medidas de precaução das petrolíferas busca evitar o vazamento de gás. "Hoje o que chama mais a atenção e é temido são os casos como o da BP, de vazamentos que terminam em explosão", explica.

De acordo com Azevedo, da USP, há dois tipos principais de acidente que podem ocorrer na perfuração do petróleo: o kick e o blow out. Os dois envolvem a invasão do poço por fluidos.

O 'blow out' é a pior situação possível para um poço de petróleo: pode provocar explosões, incêndios, um acidente de grandes proporções"



Ricardo de Azevedo

"O kick é quando entram fluidos no poço, não necessariamente chegando à superfície". Nesse caso, técnicos injetam  substâncias mais pesadas no poço para impedir que os fluidos saiam de controle.

O mais perigoso, no entanto, é o gás: leve, ele pode subir e alcançar o contato com a superfície mais facilmente. "Quando o gás chega à superfície você tem o 'blow out', que é a pior situação possível para um poço de petróleo: você tem vazamentos de fluidos para o meio ambiente que podem provocar explosões, incêndios, um acidente de grandes proporções".

Erros na BP
Meses após o acidente no Golfo do México, ainda não se sabe exatamente quais foram as causas do desastre. "Uma coisa que pode ter acontecido são falhas na cimentação, que permitiram que houvesse espaço para esse gás migrar por entre o cimento e chegar até a superfície.  É uma profundidade de 3 mil, 4 mil metros, na hora de cimentar você não está vendo o que está fazendo então você corre sérios riscos de não ter cimentado completamente", diz o professor, ressaltando que essa é apenas uma das muitas possibilidades de explicação para a tragédia​
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