Nadia Ayad ainda se lembra de quando se pai a ensinou a andar...

Nadia Ayad ainda se lembra de quando se pai a ensinou a andar de patins. Foi um dos muitos exemplos de aprendizado cientifico da família, já que ele mesmo nunca tinha colocado um par nos pés. É pura física, dizia. {...} Sua família compartilha o interesse científico: tanto os pais quanto o irmão são pesquisadores, caminho que a carioca formada em Engenharia de Materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) também deseja seguir, assim dar aulas. Atualmente [em 2018] fazendo doutorado em Bioengenharia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, ela estampou manchetes ao vencer um concurso mundial [...] sobre aplicação de grafeno. A base de carbono, o grafeno é o material mais fino e mais forte já criado, além de ser transparentes e um excelente condutor de calor. Em resumo, promete revoluções – e uma delas pode ter a assinatura de Nadia. [...] ela pesquisou as propriedades do grafeno e avanços recentes até ter seu insight (termo na língua inglesa que corresponde a uma ideia repentina): usá-lo em um sistema de filtragem e dessalinização de água para reciclá-la e, assim, combater a escassez em regiões áridas e semiáridas.[...] Durante a infância, Nadia cansou de ver seu pai trabalhar a noite ou nos fins de semana para checar um experimento. “Eu via como meus pais e outros cientistas próximos a eles não eram valorizados e, de certa maneira, trabalhavam principalmente por amor”. Foi a mesma razão que a fez escolher a carreira acadêmica em vez de áreas mais financeiramente recompensadoras. “Eu gostaria de tentar contribuir para a ciência e para a humanidade tanto com minha pesquisa quanto com a divulgação cientifica, ajudando as futuras gerações de cientistas do país” explica. Diversidade A falta de conhecimento e interesse popular pela ciência tem aspectos perversos. Desestimula jovens a seguirem a carreira tanto diretamente – eles optam por carreiras mais lucrativas, por exemplo – quanto indiretamente, aos não mostrar que ela é possível para todos e não só para privilegiados. Nadia tem consciência de sua responsabilidade em relação a isso. Ela integra uma estatística dupla [...]: faz parte das apenas 5,5% de mulheres negras bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e que tem por objetivo fomentar o tema no país. Durante seus estudos em instituições de ponta, ela encontrou poucos alunos negros, apesar de o país ter a maior população negra fora da Africa, mas espera que sua história ‘sirva de inspiração e motivação para essas meninas seguirem e brilharem em seus sonhos de serem cientistas’. PINHO, Ana. Brasileira é promessa da nova geração de cientistas. NaPratica. org,14 mar.2018

1.De acordo com o texto, o que se pode afirmar sobre a participação de mulheres negras na ciência brasileira?
2. O que pode ser feito, por meio de ações individuais e coletivas, para a eliminação da discriminação e a concretização da igualdade de gênero e étnico-racial?.

1 Resposta

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castrofiori

Acho que você esqueceu de colocar a foto do texto, mas vou tentar responder essa pergunta.

Explicação:

Acontece que cientistas negras são mulheres que estão imersas nos segregadores processos de subjugação racial que o racismo estrutural nos impõe em qualquer lugar do mundo. Mulheres negras, assim como todas as pessoas oriundas do processo diaspórico de escravização brasileira, só tiveram a sua liberdade legal a partir de 1888, quando a pressão exercida secularmente pelo movimento quilombola articulada à necessidade de expansão mercantil do capitalismo inglês intensificaram o movimento abolicionista no Brasil, o último país da América Latina a abolir a escravatura.

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