Como vivia a maioria das pessoas e dos povos ate o começo d

Como vivia a maioria das pessoas e dos povos ate o começo da expansão capitalista ?​

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Até o início da expansão capitalista, a maioria das pessoas vivia em sociedades agrárias, baseadas em economias de subsistência. A produção de alimentos, roupas, ferramentas e outros bens era realizada principalmente para o consumo local, com pouca ou nenhuma produção excedente destinada ao comércio em larga escala. Essas sociedades eram organizadas de forma hierárquica e geralmente baseadas em uma estrutura feudal ou comunal, onde os laços de parentesco, tradições e obrigações mútuas desempenhavam papéis importantes na organização social.

Características Principais da Vida antes da Expansão Capitalista

Economia de Subsistência:

A maior parte da produção era voltada para o consumo próprio e das comunidades locais. Agricultores, artesãos e pastores produziam apenas o necessário para sobreviver e sustentar suas famílias, sem o objetivo de acumular riqueza ou lucro.

As trocas comerciais existiam, mas eram limitadas a produtos que não podiam ser produzidos localmente. O escambo (troca direta de produtos) era uma prática comum.

Estrutura Feudal na Europa:

Na Europa medieval, a sociedade era amplamente organizada em feudos, onde o senhor feudal detinha terras e concedia proteção a camponeses e servos em troca de trabalho, tributos e lealdade.

A terra era a principal fonte de riqueza e poder, e a mobilidade social era muito restrita. Os servos e camponeses eram obrigados a trabalhar para o senhor feudal, com pouco controle sobre sua própria produção e vida.

Comunidades Rurais e Cooperativas:

Em várias regiões, especialmente fora da Europa, as pessoas viviam em comunidades organizadas coletivamente, onde a terra era compartilhada, e as decisões eram tomadas de maneira cooperativa.

Nas Américas, África e Ásia, muitas culturas viviam em sociedades tribais ou aldeias com um sistema comunitário e espiritual que guiava a relação com a terra e os recursos naturais.

Produção Artesanal:

A produção artesanal era central, com artesãos (ferreiros, carpinteiros, tecelões) trabalhando em pequenas oficinas e produzindo bens de maneira manual, com técnicas transmitidas de geração em geração.

A organização das atividades artesanais muitas vezes era controlada por guildas ou associações de ofício, que regulavam a produção e garantiam padrões de qualidade.

Relações Sociais e Espirituais com a Natureza:

A relação com a natureza era vista de forma mais espiritual e integrada. Muitos povos acreditavam que a terra, a água e outros elementos naturais eram sagrados e deveriam ser preservados para futuras gerações.

A ideia de exploração intensiva dos recursos para acumulação de riqueza era inexistente; a vida era pautada por ciclos naturais e pela dependência direta da natureza.

Mobilidade Limitada e Autossuficiência:

A maioria das pessoas nascia, vivia e morria em uma mesma região, e as viagens eram raras. A produção local atendia a quase todas as necessidades.

A autossuficiência era valorizada e incentivada; cada família ou comunidade se esforçava para produzir tudo o que precisava para sobreviver.

A Transição para o Capitalismo

Com o avanço das cidades, do comércio e da navegação a partir do Renascimento e, posteriormente, com a Revolução Industrial, essas sociedades agrárias e comunitárias foram lentamente transformadas. A introdução do capitalismo trouxe a busca pelo lucro, a produção em larga escala e o trabalho assalariado, o que alterou profundamente a organização social e as formas de vida em várias partes do mundo.

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