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Como a variação climática da América Latina acabou por se caracterizar um ponto de atração para o processo de dominação colonial? ME AJUDEM

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No estudo deste primeiro aspecto da integração na América Latina enumeramos os obstáculos derivados da diversidade de culturas no interior de cada país ou regiões e que transcendem às suas fronteiras. Essa diversidade pode ser interpretada através da evolução histórica de etnias e formas sociais derivadas de uma evolução histórica regional.

Para iniciar essa enumeração podemos apresentar casos de regiões sócio-culturais diversificadas. Como primeiro exemplo temos as formações indígenas que praticaram agricultura em grandes planaltos: a região chamada Alto Peru, compreendendo as zonas que vão desde Peru, Bolívia e norte do Chile até certas zonas do Equador, ou seja, países de formação andina.

Como segundo exemplo de região sócio-cultural temos, ainda, as antigas sociedades indígenas de terras baixas onde predomina a selva. A região amazônica é o caso mais notório, integrando territórios cuja principal parcela está no Brasil, mas que se prolongam a certas zonas do sul da Venezuela, sul da Colômbia, leste peruano e parte do território boliviano.

Outra região que podemos mencionar é a das antigas culturas guarani em zonas de Argentina, Paraguai, Brasil, oriente boliviano e terras do Uruguai (país este que resolveu seu problema indígena com o extermínio genocida dos sobreviventes da expansão de suas fronteiras). No caso guarani faz-se obrigatório lembrar a tentativa frustrada do império jesuítico, que terminou com a expulsão dos membros da Ordem em meados do século XVIII. Tem-se discutido muito o papel dos jesuítas com relação às sociedades indígenas que eles organizaram. Torna-se evidente a capacidade dessa Ordem para percorrer territórios e introduzir nas tribos indígenas outro sistema de vida. Os jesuítas demonstraram habilidade para o manejo das línguas aborígenes e para a comunicação com tribos que eram vítimas de perseguições e domínio por parte dos conquistadores, os quais somente buscavam a exploração da mão-de-obra.

A aldeia jesuítica estava bem-organizada, talvez até demasiadamente, demonstrando preocupação em eliminar a pobreza e apoiando crianças e viúvas, por exemplo. A crítica fundamental que pode ser feita é que substituía o sistema de exploração criticável por outro demasiadamente rígido, muito condicionado pelos interesses gerais da Ordem. £ certo que a Companhia de Jesus enfrentou o capitalismo comercial implantado com resquícios feudais na América Latina nas zonas conquistadas, com ele competindo. A grande falha, contudo, é não ter dado participação ao índio, nem haver-lhe capacitado para exercer auto-governo. Por isso, sua expulsão gerou o caos e as chamadas guerras guarani.

Um quarto exemplo refere-se às sociedades de plantation e a contestação rebelde de suas populações oprimidas. Neste caso, mais notória é a exploração massiva da cana-de-açúcar, utilizando mão-de-obra escrava de origem africana. Esse modelo de sociedade caracteriza-se pela introdução abundante de mão-de-obra forçada trazida da África, ou de seus descendentes; é no Brasil e no Caribe, fundamentalmente, onde aparecem os casos mais típicos. Não são sistemas muito estáveis porque haverão de lutar contra a rebelião da mão-de-obra explorada, constituindo outras formas de sociedades, das quais são claros exemplos os quilombos brasileiros e os maronages dos países do Caribe.

Em amplas zonas do norte do México e parte dos territórios mexicanos conquistados pelos Estados Unidos existiu também uma modalidade sócio-cultural de origem indígena, submetida à exploração e discriminação sob a forma de aculturação imposta, que contra a política de dominação e extermínio mostraram resistência de forma exemplar, transformando-se em nômades, bandidos e rebeldes. Os apaches, os comanches e já entrando no século XX os movimentos de protesto social como o dos chamados chicanos constituem modalidades desses sistemas contestatários. Em linhas gerais, as possibilidades de exploração da mão-de-obra indígena serão mais fáceis em zonas agrárias, onde já existiam essas condições antes da chegada do conquistador europeu. Com a política de dominação ou extermínio, outros índios são obrigados a moverem-se para zonas de selva ou de terra pobre de alta montanha.

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