09. E agora, o que acontecerá com o muro que Trump prometeu? O...

09. E agora, o que acontecerá com o muro que Trump prometeu? O final do ano se aproxima e o destino do muro que Donald Trump prometeu construir na fronteira entre Estados Unidos e México é incerto. O “grande e bonito muro”, como Trump o chamou, alcançou a extensão de 400 milhas (cerca de 640 km) no final de outubro. O Department of Homeland Security (Departamento de Segurança Nacional, em tradução livre) realizou até mesmo cerimônia para comemorar o marco. Porém, quase toda construção foi desenhada como substituição de barreiras já existentes: apenas 9 milhas (14,4 km) de novas barreiras foram levantados em seções previamente vazias da fronteira. [...] EVANS, Zachary. National Review. 1º dez. 2020. Disponível em: . Acesso em: 4 jan.2021. (Adaptado.)

A reportagem acima faz referência

A) a crianças brincando em obras públicas.
B) ao desgaste do governo norte americano.
C) aos vândalos que estão tentando agir contra o muro.
D) à incapacidade do governo norte americano de construir um muro.
E) à tentativa de restrição de acesso dos mexicanos aos Estados Unidos ​

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O final do ano se aproxima e o destino do muro que Donald Trump prometeu construir na fronteira entre Estados Unidos e México é incerto.

A última cartada: Trump leva a batalha eleitoral para as legislaturas estaduais

Isso não significa que nada foi feito, quando consideramos que boa parte das cercas existentes precisavam de manutenção. Alguns trechos da barreira estavam em ruínas, já as novas barreiras consistirão em postes de aço de até 9 metros de altura, melhores vias de acesso, câmeras, iluminação e outros recursos que vão dificultar a passagem pela fronteira. No entanto, o esforço do presidente para aumentar a extensão do muro não colheu frutos e acabou sendo substituído por uma modesta reforma.

A história das reformas no muro é parecida com a de quando Trump planejou construir um loteamento no Upper West Side em Manhattan, nos anos 90. Trump havia proposto uma "cidade de televisão", um empreendimento próximo ao Rio Hudson que contaria com construções residenciais e um enorme arranha-céu, mas a ideia parou em trâmites burocráticos, oposição por parte de moradores e problemas financeiros do próprio Trump. O terreno acabou vendido para investidores de Hong Kong, e o resultado, o Riverside South, foi um complexo residencial comum.

De forma similar, as visões fantásticas para o muro que Trump tinha – cobrir todo o limite sul da fronteira americana –, amplamente propagandeadas na campanha de 2016, não se concretizaram. O governo de Trump enfrentou diversos processos judiciais que impediram ou atrasaram a construção do muro. Legisladores democratas se recusaram a aprovar qualquer financiamento público do projeto. Proprietários de terras na fronteira também lutaram contra as tentativas do governo de se apropriar das suas terras, mesmo com compensações.

As tentativas de Trump de financiar o projeto terminaram em uma manobra arriscada para consegui-lo sem a aprovação do Congresso. Durante negociações para aprovação do Orçamento Federal Americano em 2018, democratas limitaram os recursos para operações na fronteira em 1,6 bilhões de dólares. No entanto, Trump se recusou a aprovar o Orçamento caso 5 bilhões de dólares não fossem destinados ao muro. O imbróglio levou à maior paralisação do governo federal na história dos Estados Unidos. Em fevereiro de 2019, o presidente recuou e aprovou o orçamento sem os fundos adicionais – como alternativa, Trump declarou emergência nacional na fronteira sul para que recursos do Pentágono fossem direcionados para a construção do muro.

O governo de Trump conseguiu impedir que "caravanas" de imigrantes ilegais entrassem no país naquele ano. Porém, a declaração de emergência nacional encontrou oposição de senadores republicanos, incluindo Ben Sasse (de Nebraska), que se preocupava com abuso de poder por parte do Poder Executivo. Sasse acabou votando contra uma condenação formal da declaração de emergência de Trump, argumentando que ela não excedia os limites do que ele considerava um estatuto de emergência nacional excessivamente abrangente.

O Supremo Tribunal aceitou, em novembro de 2020, pedido que questionava a constitucionalidade da declaração de emergência. É possível que a Corte Americana considere o redirecionamento de recursos do Pentágono para a construção do muro como inconstitucional.

Em abril deste ano, o governo de Trump já havia canalizado pelo menos 10 bilhões de dólares de recursos do Pentágono para a construção do muro. De acordo com documentos obtidos pelo Washington Post em 2019, o governo estimava que a construção de 500 milhas (800 KMs) de novas barreiras custaria aproximadamente 36 milhões de dólares por milhas

Biden e o muro

Contudo, o projeto pode empacar durante o próximo governo. Joe Biden já prometeu suspender as políticas imigratórias de Donald Trump, inclusive a construção do muro.

Ainda não está claro, porém, se o presidente eleito paralisará completamente as construções em andamento. Empresas contratadas pelo governo federal estão trabalhando em novas seções do muro, o que levaria o governo a passar por alguns processos administrativos caso opte por encerrar os contratos vigentes.

Enquanto isso, mesmo antes das eleições, grupos progressistas pediam a Biden que não apenas parasse a construção, mas também derrubasse seções que já foram construídas

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