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⦁ E em nossa escola, como se configuram estas questões relacionadas à competitividade e natureza humana? Será que ela se tornou um ambiente que também promove a competição sem limites? E qual é a sua participação nesse contexto? *

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dailaneazevedo

Ao longo dos tempos, o jogo sempre foi utilizado de maneira conveniente pelos diferentes povos, preservando os seus rituais e crenças, através das culturas e o meio social. Os jogos Cooperativos sempre estiveram inseridos na sociedade, porém começaram a ser mais valorizados na década de 1950 nos Estados Unidos através do trabalho de Ted Lentz. Já no Brasil, um dos primeiros a produzir textos sobre Jogos Cooperativos foi o professor Fábio Otuzi Brotto.

  A essência dos jogos cooperativos “começou a milhares de anos, quando membros das comunidades tribais se uniam para celebrar a vida” (ORLICK apud BROTTO, 2002, p. 47). Eles surgiram da preocupação com a excessiva valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada, na sociedade moderna, mais especialmente, na cultura ocidental. Os jogos cooperativos são jogos de compartilhar, unir pessoas, despertar a coragem para assumir riscos, tendo pouca preocupação como fracasso e o sucesso em si mesmo. Eles reforçam a confiança pessoal e interpessoal, uma vez que, ganhar e perder são apenas referencias para o continuo aperfeiçoamento total, em sentimentos de aceitação e vontade de continuar jogando. Considerada como um valor natural e normal da sociedade humana, a competição tem sido adotada como uma regra em praticamente todos os setores da vida social. Temos competido em lugares, com pessoas e em momentos que não precisaríamos, e muito menos deveríamos. Agimos assim como se essa fosse a única opção.

  Qual será o motivo que nos tem levado a competir em momentos que não precisamos? Hoje, já sabemos que tanto cooperação quanto competição são comportamento humano. O que falta é uma nova postura do educador, treinador, ou seja, das pessoas significativas na vida das crianças, pois sabemos que só haverá uma mudança se as pessoas que são significativas na vida das crianças mudarem a forma de como oferecem os jogos. Pois parece que, se falo de jogo, tenho que falar de competição, criando erroneamente uma relação de sinonímia entre as palavras. Se mostrarmos que as pessoas são mais importantes que o jogo estaremos fazendo a nossa parte, num movimento de transformação real, tentando tornar o mundo num lugar melhor.

  Os jogos cooperativos são jogos com uma estrutura alternativa, onde o esforço cooperativo é necessário para se atingir um objetivo comum e não para fins mutuamente exclusivos. Tendo os jogos como um processo, aprende-se a reconhecer a própria autenticidade e a expressá-la espontaneamente e criativamente. Jogando cooperativamente temos a chance de considerar o outro como um parceiro, um solidário, em vez de tê-lo como adversário, operando para interesses mútuos e priorizando a integridade de todos. O jogo cooperativo pretende indicar que nos jogos e esportes, bem como na vida, existem alternativas para jogar além de formas de competição, usualmente sugeridas como única ou a melhor maneira de jogar e viver.

  Este trabalho tem como finalidade verificar as possibilidades de desenvolver atividades cooperativas em que os alunos terão a oportunidade de experimentar e vivenciar novas maneiras de jogar, sem a preocupação de ganhar ou perder, mas sim de cooperar e ajudar também expor a importância dos Jogos Cooperativos para a criança, não apenas em seu âmbito escolar, mas em sua vida. Tendo em vista que a aula de Educação Física é o espaço ideal para trabalharem os jogos, cremos que o papel do professor é o de promover valores como auto-estima, solidariedade, respeito ao próximo, cooperação, fazendo com que eles sejam transformados em uma ética cooperativa, utilizando a pedagogia da cooperação.

  Os jogos cooperativos são novas formas de jogar em que todos possam “venSer” (o neologismo “venSer” significa vir a ser consigo mesmo e com os outros). A ideia é a partir do jogo para chegar à vida, pois eu jogo do jeito que vivo e vivo do jeito que jogo. (NETO E LIMA, 2002).

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