1-Como Platão articula sua teoria da alma com a composição ide...

Considerando que o conceito de convenção se refere a um modelo cheio de padrões, costumes, crenças, valores, critérios, regras, entre outros. E a noção sobre desigualdade significa diferenças, e a natureza está voltada ao biológico, a construção do ser e que muitas vezes independe de uma "escolha pessoal", no qual já nascemos pronto. Supondo que essas definições se encaixam, citarei um exemplo prático.

Imagine um jovem negro que nasce em um bairro pobre e outro que nasce em um bairro classe média alta, ambos tem em comum o "ser jovem" e a "cor". Pode parecer estranho, mas considerando o contexto do Brasil, nós temos pré conceito com a cor, independentemente da classe social, é um fenômeno internalizado nos quatro cantos do país. Essa desigualdade estabelecida, está relacionada a convenção em forma de um padrão social, no qual, o jovem não tem nenhum tipo de controle, mas é possível mudar esse tipo de padrão convencional. Já a desigualdade por natureza, que no exemplo configura nascer negro ao invés de branco, de certa forma isso também não está no controle de um jovem e ele não tem chances de mudar.

Conclusão: O exemplo citado deixa claro que quando a desigualdade é projetada pela convenção, seja social, política, econômica, ideológica, religiosa ou qualquer que seja, ela pode ser alterada e o preconceito acabar, não havendo desigualdade a respeito da cor, classe, ou qualquer coisa. No entanto, nascer branco ou negro, é fruto de uma composição genética que acontece nos níveis de melanina e determina a cor da pele somente! É como nascer alto, baixo, magro, gordo, feio, bonito e etc. Dentro desse conceito, a desigualdade natural provêm de algo que não condiz a nossa "escolha" e que não muda, diferente de uma padrão possível de alteração.

Desigualdade por convenção determina padrões que podem ser alterados e chegar ao fim.
Desigualdade por natureza determina padrões que não pode ser alterados.