Homens buscam espaço na ginástica rítmica, esporte só para ela...

Homens buscam espaço na ginástica rítmica, esporte só para elas.
Os atletas Gabriel Prado e Albert Berti praticam ginástica rítmica masculina. Ao som de uma música experimental, eles apresentam coreografias que combinam balé, dança teatral e acrobacias com arcos, bolas e cordas. Os dois amigos treinam quatro ou cinco horas por dia, aprimoram os movimentos, analisam vídeos, mas não têm campeonatos oficiais para disputar.

A modalidade não possui reconhecimento da Federação Internacional de Ginástica (FIG) nem da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Na Olimpíada e em Campeonatos Mundiais, apenas as mulheres competem. Confinados aos torneios amadores, os homens lutam por espaço na modalidade.

Albert reclama de preconceito. “Tentei entrar em um grande clube de São Paulo, mas eles não me aceitaram por ser menino. A atendente disse que essa ginástica é só para meninas. Tive de procurar outros lugares. Não queria competir, só praticar”, diz o menino de 17 anos que hoje treina na Academia Dé Dance, em Francisco Morato, zona oeste de São Paulo.

O baiano Wesley Souza afirma que o preconceito vem do fato de a modalidade não ser reconhecida oficialmente e também por remeter à dança, que seria relacionada principalmente ao sexo feminino. “É uma coisa completamente equivocada e pejorativa, mas, infelizmente, muitos meninos passam por isso”, opina o baiano de Cajazeiras que demora uma hora e meia para chegar à academia Talent, especializada na modalidade que ele pratica ao lado de 200 meninas.

Gabriel Prado é o único menino da ginástica rítmica em uma academia especializada de Ubatuba desde 2007. São 40 meninas só na equipe dele. Ele já organizou um abaixo-assinado enviado para a Secretaria de Esportes e Lazer pedindo a inclusão da modalidade nos Jogos Abertos do Interior. Não teve resposta.

De acordo com a FIG, a vez dos homens ainda vai demorar a chegar. Questionada pelo Estado, a entidade afirmou que uma pesquisa feita com as federações afiliadas dois anos atrás mostrou que a grande maioria não tem interesse na modalidade masculina. Para que um esporte se torne olímpico deve, antes de tudo, ser praticado em escala global – no mínimo 70 países (ou 50 para categorias femininas) e quatro continentes – e pertencer a um órgão esportivo que regulamente a modalidade.


De acordo com o texto, meninos têm dificuldade de inserção na Ginástica Rítmica porque:

a.
A heteronormatividade presente na sociedade contemporânea contempla diferentes concepções de feminino e masculino, permitindo que múltiplos sentidos sejam atribuídos ao papel de homens e mulheres na sociedade – flexibilizando suas ações.

b.
A sociedade contemporânea é marcada pela homogeneidade entre representações de feminino e masculino, repercutindo em confusão semântica ao significar seus papeis e escolhas.

c.
Existe na sociedade em que vivemos uma homogeneidade em relação aos papeis de gênero exercidos por homens e mulheres, mesclando sentidos e permitindo a livre escolha de ações, sem discriminação.

d.
A sociedade sempre foi marcada pela heteronormatividade, não havendo discriminação e preconceitos resultantes de estereótipos ligados às representações do que é ser feminino e masculino.

e.
Existe uma heteronormatividade na sociedade em que vivemos, a qual define o que é masculino e feminino e quais as características de masculinidade e feminilidade, que se reflete no âmbito esportivo, gerando estereótipos e preconceitos.

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