De acordo com Junqueira e Carneiro (2012), as membranas biológ...

De acordo com Junqueira e Carneiro (2012), as membranas biológicas, também nominadas plasmáticas ou celulares, separam o meio interno do externo das células, sendo responsáveis pelo controle do fluxo de entrada e saída de diversas moléculas. Por serem delgadas, não são visíveis na microscopia de luz (ótica). Assim, a observação da variação de volume das células, de acordo com a concentração das soluções em que são imersas, permitiu deduzir a existência de uma estrutura relativamente permeável de revestimento que, mais tarde, viria a ser descrita como membrana plasmática. Essa constatação só foi confirmada com estudos auxiliados pela microscopia eletrônica. A partir daí, inúmeras funções foram elucidadas, tanto que muitas questões de saúde e doenças são, hoje, melhor compreendidas com a fisiologia das membranas.

JUNQUEIRA, J. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

Os trechos a seguir descrevem anormalidades relacionadas à constituição das membranas biológicas que, no geral, caracterizam disfunções no organismo humano. Observe:

I. Na fibrose cística, há comprometimento da liberação de secreções exócrinas (muco, suor e enzimas) que se tornam mais viscosas, afetando sua eliminação e as funções de alguns tecidos corporais. Isto se deve ao fato de que, nas membranas apicais das células epiteliais, há grande concentração de CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator) defeituosos. Essas estruturas são importantes para o transporte de iônico pela membrana e, consequentemente, pela regulação da quantidade e consistência das secreções exócrinas.

ROSA, F. R. et al. Fibrose cística: uma abordagem clínica e nutricional. Rev. Nutr., Campinas, v. 21, n. 6, p. 725-737, nov./dez. 2008. Disponível em: ;. Acesso em: 23/01/2019.
II. Alguns pesticidas, como os organoclorados, são altamente lipossolúveis, tornando-os substâncias de grande toxicidade para os organismos vivos. Assim, quando são absorvidos pela via oral, dérmica ou respiratória, os pesticidas organoclorados penetram com relativa facilidade as membranas biológicas, sendo transportados por via sistêmica aos diversos compartimentos, causando efeitos deletérios ao funcionamento normal do organismo.

SANTOS, P. C. G. dos et al. Intoxicação por hidrocarbonetos clorados. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, n. 3, jul. 2004.

Sendo assim, com a leitura dos dois textos, é possível depreender que as estruturas constituintes das membranas biológicas envolvidas nos processos de disfunção descritos são:

a.
proteínas periféricas, em ambos os trechos.

b.
lipídios de membrana, em ambos os trechos.

c.
proteínas integrais, no trecho 1, e lipídios de membrana, no trecho 2.

d.
proteínas integrais, no trecho 1, e carboidratos, no trecho 2.

e.
carboidratos, no trecho 1, e proteínas, no trecho 2.

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