Alice na corte da Rainha de Copas Bem perto da entrada do jard...

Alice na corte da Rainha de Copas Bem perto da entrada do jardim havia uma grande roseira. As rosas que nela floriam eram brancas, mas três jardineiros estavam ocupadíssimos, pintando as flores de vermelho. Alice achou isso muito estranho e, quando se aproximou para olhar mais de perto, ouviu um deles dizer:

– Cuidado, Cinco! Não respingue tinta em mim dessa maneira.

– Não deu para evitar – disse Cinco, mal-humorado. – Sete esbarrou no meu cotovelo.

Sete levantou a cabeça e disse:

– Isso, Cinco! Ponha sempre a culpa nos outros.

– Vejam só quem está falando... – disse Cinco. – Ainda ontem eu ouvi a Rainha dizer que você merecia perder a cabeça.

– E por quê? – perguntou o que tinha falado primeiro.

– Não é da sua conta, Dois – disse Sete.

– É sim – disse Cinco. – E vou contar por quê: foi porque você levou bulbos de tulipa para a cozinheira em vez de cebolas.

CARROLL, Louis. Alice no País das Maravilhas. Trad. Ana Maria Machado. 3a ed. São Paulo: Ática, 1999, p. 81.

Os elementos fantásticos dessa obra podem ser interpretados de diferentes modos. Nessa cena:

A
falta principalmente verossimilhança interna, pois cartas de baralho, enquanto personagens, são elementos absurdos.

B
a atividade absurda dos jardineiros tem significado simbólico, pois faz o leitor refletir sobre o autoritarismo absurdo da rainha.

C
a falta de verossimilhança externa é apenas um recurso de humor, com o objetivo de surpreender e divertir o leitor com elementos absurdos.

D
a falta de coerência interna se deve ao fato de o autor combinar um elemento realista (Alice) com elementos fantasiosos (as cartas de baralho).

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