Semiótica é a ciência que estuda os signos que usamos para nos expressarmos na forma escrita, falada ou através de imagens.

O estudo da semiótica contempla vários aspectos do signo, como classificar e descrever formas, tipos (verbais, visuais, sonoros) e seus efeitos na comunicação, o que resulta numa percepção abrangente sobre os signos.

Para recordar, signo é a representação, ou as representações, de algo. Por exemplo, a palavra bola, o desenho feito por uma criança de uma bola, a fotografia de uma bola são signos da bola.

Em resumo, e segundo pesquisadora brasileira Santaella (1983, p.13) “A Semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis (…)”.

E para quê a semiótica serve? A semiótica serve para melhorarmos a forma como nos comunicamos, porque nos ajuda a entender os signos e a interpretar as mensagens que eles transmitem.

A palavra semiótica tem origem grega, de semeion, que significa signo.

A ciência semiótica, ou teoria geral dos signos, teve origem no final do século XIX através dos estudos realizados por Charles Sanders Peirce (1839-1914).

Ramos da semiótica

Há várias correntes da semiótica, considerando a semiótica de Peirce, a semiótica é dividida em três ramos:

  • gramática especulativa
  • lógica crítica
  • retórica especulativa

A gramática especulativa estuda todos os tipos de signos, suas formas, classificação e a informação que eles transmitem.

A lógica crítica estuda os tipos de indícios, raciocínios ou argumentos relacionados aos signos.

A retórica especulativa estuda os métodos que têm origem em cada tipo de raciocínio.

Fases da semiótica de um signo

De acordo com Peirce, análise semiótica de um signo deve ser feita em três fases:

  1. fase da contemplação
  2. fase da discriminação
  3. fase da generalização

Primeira fase: contemplação

Contemplar um signo é observá-lo com atenção e paciência. Para tanto, a primeira fase de uma análise semiótica sugere que deixemos que os signos nos transmitam suas qualidades sem fazermos nenhuma interpretação deles, ou seja, sem considerar as nossas os nossos conhecimentos de mundo.

Segunda fase: discriminação

Discriminar um signo é classificá-lo considerando suas especificidades. Assim, a segunda fase de uma análise semiótica sugere que classifiquemos os signos fazendo uma separação das suas características particulares.

Terceira fase: generalização

Generalizar um signo é separar as suas características gerais das suas características particulares. Desta forma, a terceira fase de uma análise semiótica sugere que separemos o que os signos têm em comum com os outros signos.

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Referências Bibliográficas

SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. 6 ed. São Paulo: Brasiliense, 1988. 120 p. (Coleção Primeiros Passos)

Com informações do Toda Matéria

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