Também conhecido como neoclassicismo, o arcadismo, no Brasil, teve como marco inicial o livro “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768, e foi a principal tendência estética produzida no país na época, tendo seus principais autores presentes na cidade de Vila Rica, atual Ouro Preto, em Minas Gerais.

Autores: 1. Arcadismo – Sonetos de Bocage

  1. Apenas vi do dia a luz brilhante. Apenas vi do dia a luz brilhante. …
  2. Já Bocage não sou!… À cova escura. …
  3. Olha, Marília, as flautas dos pastores. Olha, Marília, as flautas dos pastores. …
  4. Oh retrato da Morte, oh Noite amiga. Oh retrato da Morte, oh Noite amiga,

O arcadismo foi um movimento literário europeu do século XVIII. Caracterizou-se por retomar as temáticas da Antiguidade greco-latina e pela ênfase em descrições bucólicas da natureza. O nome dessa escola estética refere-se à Arcádia, região campestre da Grécia Antiga onde viviam pastores e poetas.

O marco inaugural do Arcadismo foi em 1768, em Vila Rica, com a fundação da Arcádia Ultramarina e a publicação de Obras Poéticas, de Cláudio Manuel da Costa.

O Arcadismo defendeu a “arte pela arte”, um retorno aos ideais literários clássicos. c) Como expressão artística da burguesia, o Arcadismo veiculou também certos ideais políticos e ideológicos dessa classe, formulados pelo Iluminismo.

O Arcadismo Português terminou em 1825, com a publicação do poema “Camões”, de Almeida Garrett, o qual inaugura uma nova fase: o Romantismo. O maior destaque na produção árcade portuguesa foram os poemas, sendo Bocage um dos maiores representantes.

A importância do Arcadismo reside no estabelecimento de um sistema literário organizado, com a presença de obras com objetivos estéticos mais ou menos em comum, uma diversidade de autores e um público leitor.

A linguagem do Arcadismo era objetiva. Os artistas desse movimento não utilizavam expressões rebuscadas. Diferente do movimento Barroco que se apropriava das figuras de linguagem, como a metáfora, a antítese e o paradoxo, a linguagem do Arcadismo era literal.

Cláudio Manuel da Costa (1729-1789)
Poeta, advogado e jurista brasileiro, Cláudio Manuel da Costa é considerado o precursor do Arcadismo no Brasil e destacou -se por sua obra literária, mais precisamente, a poesia.

Tendências do Arcadismo
Locus Amoenus: Lugar ameno e agradável, ou seja, um lugar para viver que seja longe dos centros urbanos, onde reina a paz. Aurea Mediocritas: Equilíbrio de ouro, ou seja, expressa a tranquilidade e a paz, rica em aspectos espirituais donde se idealiza a vida mais simples no campo.

O arcadismo é uma escola literária que surgiu na Europa no século XVIII mais precisamente entre 1756 e 1825, também denominada de setecentismo ou neoclassicismo.

O Arcadismo (ou Neoclassicismo) surge em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitana: movimento de reação ao Barroco. O Arcadismo procurava restabelecer o equilíbrio, a harmonia e a simplicidade da literatura renascentista, rompida pelo período da contra-reforma protestante.

Por outro lado, o homem árcade é marcado pelo Iluminismo e, por isso, reverencia a razão como sendo o valor humano mais elevado, afastando-se dos dogmatismos da religião. Leia também: Saiba mais sobre o Barroco, o movimento literário oposto ao Arcadismo.

Alguns autores destacados desse momento são Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e José de Santa Rita Durão. O Arcadismo, também conhecido como Neoclassicismo, terminou em 1836 no Brasil, e abriu as portas para o Romantismo.

Os poetas árcades escreviam sobre temáticas relacionadas com as belezas do campo e a paz da natureza, contemplando a vida simples. Costumavam criticar e desprezar a vida nas grandes cidades e centros urbanos, pela agitação e pelos problemas da vida moderna.

– Basílio da Gama

  • Epitalâmio às núpcias da Sra. D. Maria Amália (1769)
  • O Uraguai (1769)
  • A declamação trágica (1772)
  • Os Campos Elíseos (1776)
  • Relação abreviada da República e Lenitivo da saudade (1788)
  • Quitúbia (1791)

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