Em primeiro lugar, vamos continuar com a nossa amiga, já a resolvemos analíticamente e utilizamos um método numérico de Trapézio, hoje vamos de 1/3 de Simpson. E assim…, não se preocupe, pois exploraremos todos os detalhes dessa técnica, a qual pode ser chamada também de: Integral de sen ^5(x) dx.
De maneira geral, como já vimos o processo de resolução utilizando os métodos numéricos baseia-se em dividir o intervalo em partes iguais, encontrar valores igualmente espaçados dentro dessas partes, multiplicá-los por um “vetor” característico que depende do método escolhido e, em seguida, realizar operações simples de somatório e multiplicação. Abordaremos, então, esses detalhes em breve. Por enquanto, vamos nos aprofundar um pouco mais na parte teórica.
Integral de: sen^5(x) dx e 1/3 de Simpson
Contudo, a regra 1/3 de Simpson é uma técnica de integração numérica que utiliza uma parábola para estimar a função no intervalo de integração. Pois essa abordagem tem uma vantagem significativa sobre a regra do trapézio, pois resulta em um erro de aproximação menor.
Assim, para aplicar a regra 1/3 de Simpson com sucesso, é necessário utilizar um polinômio de segundo grau. Portanto, para isso, precisamos de um total de três pontos que se ajustem à função. Então, dois desses pontos são obtidos nas extremidades do intervalo de integração, sendo o primeiro ponto representado por x₀ = a e o último ponto por x₂ = b.
Assim, o terceiro ponto, x₁, pode ser escolhido em qualquer lugar dentro do intervalo [a, b]. No entanto, por convenção, costuma-se posicionar x₁ no ponto médio do intervalo, ou seja, x₁ = (a + b) / 2.
Portanto, com esses três pontos (x₀, x₁ e x₂), podemos criar uma parábola que se ajusta à função no intervalo de integração. Essa parábola é então usada para calcular a integral aproximada da função.
Com efeito, a regra 1/3 de Simpson é uma ferramenta útil em cálculos de integração numérica, especialmente quando se deseja uma precisão maior do que a oferecida pela regra do trapézio.
Assim, para garantir que tenhamos dois subintervalos de igual tamanho, podemos definir o ponto x₁ como x₀ + h, onde h é o tamanho do subintervalo. Em outras palavras, h é a diferença entre os pontos de extremidade do intervalo.
Agora, com os três pontos (x₀, x₁ e x₂) à nossa disposição, podemos encontrar o polinômio de segundo grau que passa por esses pontos usando a técnica de Lagrange. Então, a técnica de Lagrange é uma maneira eficaz de encontrar um polinômio que interpola um conjunto de pontos.
Resolvendo a Integral de sen ^ 5(x) dx
O polinômio interpolador de Lagrange é dado por:
onde:
f(x₀), f(x₁) e f(x₂) são os valores da função nos pontos correspondentes, e L₀(x), L₁(x) e L₂(x) são os polinômios de Lagrange associados aos pontos x₀, x₁ e x₂, respectivamente.
Os polinômios de Lagrange são dados por:
Primeiramente, usando esses polinômios de Lagrange, podemos construir um polinômio de segundo grau que passa pelos três pontos dados, o que é essencial para aplicar a regra 1/3 de Simpson com sucesso, e para não ter que desenvolver sempre o polinômio de lagrange, podemos usar a forma simplificada, que é obtida após as operações matemáticas necessárias (se estiver com tempo, basta aplicar a distributiva e ir colocando em evidências os termos comuns, faça pelo menos uma vez na mão, acredite, além de dar confiança tu vai entender muito mais):
A Regra 1/3 de Simpson é altamente precisa para polinômios de até terceiro grau, resultando em um erro zero. No entanto, para funções de ordem maior (polinômios de grau superior a três) ou funções não polinomiais, o erro não é zero e precisa ser calculado.
Integral de sen ^5(x) dx e o erro na Regra 1/3 de Simpson para funções de ordem superior e como ele pode ser calculado usando a seguinte expressão:
Dessa maneira, essa expressão fornece uma estimativa do erro na integral calculada pela Regra 1/3 de Simpson.
Portanto, quanto menor o erro desejado, menor deve ser o valor de (b – a) e a quarta derivada da função f(x) deve ser avaliada ou estimada com precisão.
Entretanto, essa capacidade de estimar o erro torna a Regra 1/3 de Simpson uma técnica de integração numérica poderosa e amplamente utilizada para calcular integrais definidas, especialmente quando a precisão é fundamental.
Regra 1/3 de Simpson Composta e a relação com Integral de sen ^ 5(x) dx
Para melhorar a precisão da Regra de Simpson 1/3, você pode subdividir o intervalo [a, b] em 2n subintervalos e aplicar a regra n vezes. Essa abordagem visa reduzir o tamanho dos subintervalos, o que levará a uma melhor estimativa numérica da integral
A cada 2 subintervalos calcula-se a Regra 1/3 de Simpson, assim:
A fórmula para essa aproximação é a seguinte:
…
O erro fica sendo assim!
Portanto temos:
- ε é o erro na aproximação da integral.
- f^4(τ) é a quarta derivada da função f(x) avaliada em um ponto τ no intervalo [a, b], lembrando que não havendo função, dever ser encontrado de forma numérica (o que perde o sentido, mas vai lá, é a teoria).
- h é o comprimento do subintervalo, dado por h = b – a.
O valor de τ está entre ‘a’ e ‘b’, ou seja, a ≤ τ ≤ b.
Dessa maneira, essa fórmula é útil para estimar o erro e decidir quantos subintervalos devem ser usados para obter uma aproximação suficientemente precisa da integral.
Portanto, quanto menor você deseja que seja o erro, mais subintervalos devem ser usados na subdivisão do intervalo [a, b] e para esse método n precisa ser múltiplo de 2 (3 pontos, n =0, n=1 e n=2) .
Com efeito tem-se o seguinte capítulo:
Então.. resolvendo nossa integral
Primeiramente, vamos definir um intervalo a = 0 e b = 2, e o número de subintervalos n = 6.
Como não temos os dados, vamos primeiro criar os valores de xi:
h sendo:
e xi como :
assim temos (vamos usar 5 casas decimais de aproximação):
Prontinho, assim, agora, vamos fazer as “multiplicações”, para ficar claro, vamos fazer passo a passo:
Assim, encontramos o valor, a nível de curiosidade, o valor real é aproximadamente 0,90393! Dessa maneira, com apenas 6 subintervalos, tivemos uma boa aproximação, lembrando que quanto maior o valor de n, mais próximo do valor real.
Integral de sen ^ 5(x) dx :
Portanto, observe o algorítmo em Python (Colab)
import math
def simpson_1_3_meu_guru(f, a, b, n):
if n % 2 != 0:
raise ValueError("O número de subintervalos (n) deve ser um número par.")
h = (b - a) / n
integral = f(a) + f(b)
for i in range(1, n):
x = a + i * h
if i % 2 == 0:
integral += 2 * f(x)
else:
integral += 4 * f(x)
integral *= h / 3
return integral
# Exemplo de uso:
def funcao(x):
return math.sin(x)**5
a = 0
b = 2
n = 6
resultado = simpson_1_3_meu_guru(funcao, a, b, n)
print(f"Aproximação da integral definida: {resultado}")
O resultado é 0.9054105856396548 para n = 6, porém, fazendo uma simulação com n = 10000, vimos que o resultado se aproximou do valor real (0.90393).
Referências sobre a Integral de sen ^ 5(x) dx:
Aqui estão as referências que utilizei para lhe explicar sobre o assunto, entretanto é interessante que você sempre olhe o blog, pois traremos novas referências e novidades científicas. Assim, vale muito a pena conhecer outras áreas, bem como dar uma olhada nos demais posts que serão passados no título “veja mais”.
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Tenho certeza que você quer aprender mais e, por isso deixarei mais glguns posts relacionados à tecnologia, geografia e matemática a fim de que você conheça mais novidades e inove o seu conhecimento sobre tudo !
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