Curiosidade, calma, o título da matéria em questão é “Strange cluster of ‘spiders’ spotted in ‘Inca City’ on Mars“. Assim, em tradução livre “Estranho aglomerado de ‘aranhas’ avistado na ‘Cidade Inca’ em Marte”, mas vamos primeiro entender o que aconteceu.

Primeiramente, vamos dar uma olhada nas imagens recentemente divulgadas pela Agência Espacial Europeia (European Space Agency – ESA). E ai? Será que milhares de aranhas estão prestes a invadir a superfície marciana?

No entanto, os aracnofóbicos não têm com o que se preocupar. A sonda orbital de Marte dá a impressão de que o Planeta Vermelho foi invadido por essas criaturas assustadoras. Nesse sentido, na realidade e apenas uma reação química peculiar. Assim, essa reação foi capturada pelas sondas da Agência Espacial Europeia, e é a responsável pela formação semelhante a aranhas observada numa estrutura conhecida como Cidade Inca, na região polar sul de Marte.

Conforme explicado pela ESA, as imagens, compostas por dados coletados em 27 de fevereiro pela sonda Mars Express. E mostram aglomerados de pontos que se formaram devido a erupções sazonais de gás dióxido de carbono. Este não é o único caso em que esse fenômeno peculiar foi documentado. O ExoMars Trace Gas Orbiter da ESA também capturou evidências visuais do efeito aranha, assim como as naves espaciais da NASA.

Mas o que são realmente as formações de ‘aranha’? Curiosidade aqui é completa

As formações conhecidas como “aranhas” se formam quando o clima começa a esquentar durante a primavera marciana.

À medida que a luz solar incide sobre as camadas de dióxido de carbono depositadas durante os meses escuros de inverno. Assim, o gelo começa a derreter e o calor provoca a transformação das camadas mais baixas de gelo em gás. Esse gás de dióxido de carbono aquecido se acumula antes de finalmente romper as placas de gelo sobrejacentes. E assim arrastando consigo poeira escura para a superfície, onde se dispersa como um gêiser.

Quando a poeira retorna a se depositar, ela grava padrões na superfície e sob o gelo, os quais se manifestam como manchas escuras que se assemelham às pernas finas e corpos das aranhas. Esse processo é único e não tem nada semelhante com nenhum fenômeno observado na Terra.

Sonda orbital Mars Express da ESA captura último sinal de ‘aranhas’

As últimas imagens das formações, que são canais de gás com diâmetros variando de 48 a 965 metros (0,03 a 0,6 milhas), recentemente capturadas pela sonda orbital Mars Express da ESA, que chegou ao planeta em 2003.

A formação de manchas escuras, indicando a presença de “aranhas”, foi avistada na Cidade Inca, uma região apelidada por sua semelhança com as Ruínas Incas da Terra.

Assim, outro dos exploradores de Marte da ESA, o ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO), já obteve imagens dos padrões semelhantes a gavinhas das aranhas de forma especialmente clara em 2020, numa região próxima. Enquanto a imagem da Mars Express mostra as manchas escuras na superfície, a perspectiva do TGO capturou os canais em forma de teia esculpidos no gelo abaixo.

A Mars Reconnaissance Orbiter da NASA também capturou imagens em 2018 mostrando as “aranhas” começando a emergir da paisagem. Dessa maneira, na imagem da Mars Express, as manchas escuras vistas rastejando pelas imponentes colinas e extensos planaltos da misteriosa cidade Inca descoberta em 1972 pela sonda Mariner 9 da NASA. Os cientistas não têm certeza de como as formações de cristas e paredes da cidade inca surgiram, mas teoriza-se que sejam restos de dunas de areia transformadas em pedra

Em 2002, a sonda Mars Orbiter da NASA revelou que a Cidade Inca faz parte de um grande círculo com aproximadamente 85 quilômetros de largura, sugerindo que a formação é o resultado de uma rocha espacial que colidiu com a superfície e criou uma cratera. Falhas que ondularam pela planície circundante preenchidas com lava ascendente que desde então se desgastou, revelando uma formação semelhante a ruínas antigas.

Mas ainda falta uma parte da nossa curiosidade. O que é a “Cidade Inca de Marte”?

Ainda não sabemos exatamente como a Cidade Inca se formou. Uma curiosidade é que pode ser que as dunas de areia tenham se transformado em pedra com o tempo. Talvez materiais como magma ou areia estejam vazando através de camadas fraturadas de rocha marciana. Ou as cristas podem ser “eskers”, estruturas sinuosas relacionadas com glaciares.

As ‘muralhas’ da Cidade Inca parecem traçar parte de um grande círculo, com 86 km de diâmetro. Os cientistas suspeitam, portanto, que a “cidade” fica dentro de uma grande cratera que se formou quando uma rocha vinda do espaço colidiu com a superfície do planeta. Este impacto provavelmente causou a ondulação de falhas na planície circundante, preenchida com lava ascendente e desde então se desgastou com o tempo.

Na parte central da imagem, a paisagem muda um pouco, com grandes redemoinhos arredondados e ovais criando um efeito que lembra o mármore. Acredita-se que esse efeito ocorra quando os depósitos em camadas se desgastam com o tempo.

No centro direito do quadro encontram-se alguns montes e colinas proeminentes, de flancos íngremes e topos planos, que se elevam por mais de 1.500 m acima do terreno circundante. Estas se formam à medida que o material mais macio erodido ao longo do tempo pelos fluxos de vento, água ou gelo, deixando para trás o material mais duro que forma essas colinas.

O solo à direita (norte) fica cada vez mais coberto por uma poeira lisa e de cor clara. Aranhas espalhadas pelos planaltos podem ser vistas nesse local, “espreitando” entre vários desfiladeiros e vales prontas para atacar.

Referências sobre as curiosidades:

Veja Mais e mate a sua curiosidade:

  • Derivadas: Pontos críticos
  • Biodiversidade e Unidades de Conservação
  • Resistência dos materiais
  • Geologia Ambiental

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